Segundo a embaixada iraniana, Amani foi submetido a uma "pequena cirurgia ocular", passará por tratamento e terá "um curto período de recuperação". O embaixador vai recuperar-se totalmente e regressará ao seu posto trabalho no Líbano, de onde foi retirado na véspera, segundo a mesma fonte.
"Apesar da lesão, o embaixador Amani gere os assuntos da embaixada. As atividades da embaixada do Irão e dos diplomatas no Líbano continuam normal e em força", acrescentou a missão diplomática iraniana na rede social X.
O jornal norte-americano The New York Times publicou esta semana informações, fornecidas por fontes da Guarda Revolucionária iraniana, indicando que o 'pager' de Amani tocou durante alguns segundos antes de ocorrer a explosão, o que lhe terá causado ferimentos nos olhos.
Quase 40 pessoas morreram e cerca de três mil ficaram feridas entre terça e quarta-feira devido à explosão de milhares de dispositivos eletrónicos ligados ao movimento xiita libanês Hezbollah, alvo de um aparente ataque israelita.
Segundo as primeiras investigações, estes dispositivos continham uma carga explosiva.
O caráter indiscriminado deste ataque, que se fez sentir com explosões em locais fora da esfera militar ou com grande afluência de pessoas, tem sido criticado pelas Nações Unidas, cujo secretário-geral, António Guterres, apelou que não fossem utilizados objetos civis como armas. Israel não se pronunciou sobre o assunto.
O aumento dos confrontos entre Israel e o Hezbollah -- um grupo apoiado pelo Irão que tem um peso militar e político significativo no Líbano -- levantou receios sobre a possibilidade de um alargamento do conflito no Médio Oriente. Neste contexto, o exército israelita apresentou os seus "planos operacionais" em relação ao Líbano aos Estados Unidos na semana passada.
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