De acordo com os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 155.912.680 eleitores vão votar a 06 de outubro para escolher os prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, nas 571.024 urnas eletrónicas disponibilizadas em todo o país, com o apoio de 1.890.826 mesários.
"Em relação a 2020, houve um aumento de 5% no número de votantes, tornando a eleição deste ano a maior municipal de todos os tempos no país", frisou o TSE.
As cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte são os três municípios com o maior número de votantes com 9,3 milhões, 5 milhões e 1,9 milhões de pessoas, respetivamente.
Dos 5.569 municípios que participarão das Eleições 2024, apenas 103 localidades terão segunda volta agendada para 27 de outubro, já que somente as cidades com mais de 200 mil eleitoras podem eleger candidatos na segunda volta, caso não haja um vencedor com mais de 50% dos votos à primeira volta.
Tal como nas anteriores edições, as autoridades judiciais criaram uma página para que os eleitores possam fazer denúncias de irregularidades de propaganda eleitoral. Até ao momento foram feitas quase 50.000 denúncias.
Já em relação aos candidatos, serão menos comparando com as eleições municipais de há quatro anos (557.678 candidatos), mas ainda assim serão 462.627, a maioria dos quais para vereadores (431.959), 15.573 candidatos a perfeito e 15.819 para vice-perfeito.
Este ano a percentagem das candidaturas femininas é praticamente igual, comparando com 2020, com o número de homens a ser claramente superior: 66% dos candidatos são homens, contra 34% de mulheres.
Por outro lado, pela primeira vez em eleições municipais no país, haverá uma maioria de candidatos que se identificam como não brancos.
De acordo com o TSE, 46,83% identificam-se como brancos, sendo que os restantes 52,7% identificam-se como negros, pardos, indígenas ou outro.
Entretanto, a Polícia Federal brasileira indicou na sexta-feira que deteve por crimes como tráfico de droga, violação de menores ou posse ilegal de armas 19 pessoas que são candidatos a lugares nas eleições autárquicas
O portal de notícias G1 informou, na quinta-feira, ter descoberto 61 candidatos com acusações pendentes na justiça, incluindo três candidatos envolvidos em homicídios e com pedidos de prisão provisória disputando cargos públicos nas autárquicas.
Após as informações sobre candidatos foragidos serem divulgadas, as autoridades iniciaram as prisões, que ocorreram em diferentes pontos do país.
Os media locais também revelaram que três pessoas procuradas pela polícia por envolvimento nos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, realizados por apoiantes do ex-presidente Jair Bolsonaro contra o Congresso, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto, se candidataram para concorrer a cargos públicos nas próximas autárquicas.
A lei eleitoral brasileira não proíbe a participação de um candidato com mandado de prisão nas eleições. Estão proibidos de concorrer apenas os candidatos que já foram condenados de forma definitiva ou por um colégio de juízes.
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