"Precisamos de fortalecer as nossas capacidades para proteger melhor as vidas [de civis] e a segurança. A Ucrânia precisa de condições de longo alcance", disse Zelensky, aludindo à exigência de Kiev de que os aliados lhe permitam utilizar as armas de longo alcance que lhes fornecem para atingir alvos em solo russo.
O Presidente ucraniano lembrou que, na noite de sábado, a Rússia voltou a atacar a cidade de Kharkiv (leste) com bombas aéreas guiadas, que causaram danos a edifícios residenciais e deixaram 21 civis feridos.
"Entre eles estão um menino de oito anos e dois adolescentes de 17. Pelo menos 60 moradores do prédio foram retirados", informou Zelensky em relação ao ataque, que, segundo o governador regional de Kharkiv, Oleg Synegoubov, provocou também oito feridos, dois em estado grave.
O ataque ocorreu no final da noite de sábado num distrito de Kharkiv (nordeste), cidade muito próxima da fronteira com a Rússia e que tinha 1,4 milhões de habitantes antes da guerra.
A Rússia "visou um edifício residencial comum com várias bombas", denunciou Zelensky, nas redes sociais.
Dezenas de residentes estavam "a dormir", segundo Oleg Synegubov. Dois altos edifícios residenciais foram danificados, disse o governador.
Durante a noite, equipas de resgate equipadas com lanternas trabalharam nos escombros de um dos edifícios afetados, segundo um jornalista da AFP no local.
As explosões rebentaram as janelas do prédio e deixaram buracos em algumas paredes. Do lado de fora, alguns carros foram esmagados pela queda de árvores e outros ficaram carbonizados.
Hoje de manhã, a Rússia lançou dois mísseis e 80 'drones' do tipo 'Shahed' contra a Ucrânia, segundo a Força Aérea, dos quais 71 foram intercetados, contra uma dezena de regiões do país, incluindo a capital, Kiev.
Em Kherson (sul), dois homens ficaram feridos, enquanto em Poltava (centro) os 'drones' causaram danos numa infraestrutura elétrica, segundo as respetivas autoridades regionais.
Leia Também: Rússia reivindica ter repelido 19 contra-ataques e causado 1.570 baixas