O presidente da câmara de Le Vernet, aldeia dos Alpes-de-Haute-Provence de onde desapareceu o pequeno Émile, em julho de 2023, apresentou uma queixa às autoridades, no sábado, depois de começar a circular uma fotomontagem, nas redes sociais, que o retratava como responsável pela morte da criança.
A informação tinha sido avançada pela BFM e foi confirmada, esta segunda-feira, ao Le Figaro, que escreve que foi aberto um inquérito.
"Estou atrás das grades da prisão, ao lado do Emile, e está escrito 'Sim, fui eu que matei acidentalmente o Emile'", contou François Balique, referindo-se à montagem.
"Não fui só eu, outro funcionário eleito foi vítima da mesma coisa", acrescentou.
O autarca apresentou queixa por "injúria pública" e "difamação de uma pessoa em posição de autoridade pública". "É fácil atrair o interesse fingindo saber o que se passou, mesmo que seja uma grande treta! Há quem sofra por não saber e prefira caluniar a esperar", lamentou.
"Também eu apresento uma queixa para dizer que estou farto. Hoje em dia, não há respeito por nenhuma autoridade. Os eleitos, os professores, os bombeiros, somos todos maltratados. Estou a dizer que, neste caso, a tolerância é zero", criticou.
Apesar de ter sido aberto um inquérito, destaca a imprensa francesa, as hipóteses de uma detenção são reduzidas. Além disso, a publicação já foi retirada das redes sociais.
Recorde-se que Émile desapareceu no dia 8 de julho de 2023, quando brincava no jardim de casa dos avós na região de Vernet, em Alpes-de-Haute-Provence, França, onde a família passava férias, depois de ter dormido a sesta. Depois de meses de buscas, foram encontrados, já em 2024, restos mortais que pertenciam ao menino.
O caso continua envolto em mistério.
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