"Apelamos para um cessar-fogo imediato de 21 dias na fronteira entre o Líbano e Israel para dar uma oportunidade à diplomacia" em relação à situação no Líbano e em Gaza, de acordo com uma declaração assinada por EUA, França, UE, Austrália, Canadá, Alemanha, Itália, Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Qatar, divulgada pela Casa Branca.
"É tempo de concluir um acordo diplomático que permita aos civis de ambos os lados da fronteira regressar a casa em segurança", acrescentou.
Numa declaração conjunta separada emitida após a reunião à margem da Assembleia-Geral da ONU, em Nova Iorque, os Presidentes dos EUA e de França, Joe Biden e Emmanuel Macron, respetivamente, disseram que tinham "trabalhado juntos nos últimos dias" para chegar a este apelo conjunto para um cessar-fogo temporário, agora acompanhado por outros países.
"Apelamos para uma aprovação alargada e ao apoio imediato dos governos de Israel e do Líbano", afirmaram.
Um responsável norte-americano afirmou que este apelo internacional para um cessar-fogo no Líbano era um "avanço importante".
Acrescentou esperar que permita também estimular as conversações sobre uma trégua e a libertação dos reféns na Faixa de Gaza.
Na quarta-feira à noite, Israel afirmou ter atingido "mais de 2.000 alvos terroristas" do movimento xiita Hezbollah no Líbano nos últimos três dias, numa ofensiva que já causou dezenas de mortos e centenas de feridos.
De acordo a ONU, mais de 90.000 libaneses viram-se obrigados a abandonar as suas casas.
Há mais de 11 meses que as forças israelitas e o Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado ao longo da fronteira entre o Líbano e Israel, nos piores confrontos desde a guerra de 2006.
As tensões na região do Médio Oriente aumentaram após o ataque de 07 de outubro de 2023 do movimento islamita palestiniano Hamas em território israelita, que fez 1.205 mortos, na maioria civis, e 251 reféns.
Em retaliação, o exército israelita iniciou uma guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza que já fez pelo menos 41.495 mortos e 96 mil feridos, além de mais de 10 mil desaparecidos, indicam os mais recentes números das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.
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