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Líbano vive "período mais mortífero de uma geração", diz ONU

A ONU advertiu hoje que o Líbano, alvo de bombardeamentos israelitas, está a atravessar o "período mais mortífero de uma geração" e que o setor da saúde está "completamente sobrecarregado".

Líbano vive "período mais mortífero de uma geração", diz ONU
Notícias ao Minuto

27/09/24 13:54 ‧ Há 2 Horas por Lusa

Mundo Médio Oriente

"E muitos temem que isto seja apenas o começo", disse o coordenador humanitário da ONU para o Líbano, Imran Riza, citado pela agência francesa AFP.

 

Segundo Riza, "as recentes escaladas (...) são nada menos que catastróficas".

Numa teleconferência a partir de Beirute, Riza disse que o número de pessoas deslocadas internamente ultrapassou as 200.000.

Até segunda-feira, 110.000 pessoas foram deslocadas em consequência da explosão simultânea, em diferentes partes do país, de milhares de aparelhos de comunicação ligados a membros do grupo fundamentalista xiita Hezbollah (Partido de Deus).

Desde segunda-feira, com o início dos bombardeamentos israelitas no Líbano, pelo menos mais 118.000 pessoas foram deslocadas, referiu a ONU, segundo a agência espanhola EFE.

"Por isso, duplicámos o número e há agora mais de 200.000 pessoas deslocadas", disse o representante da agência que coordena a assistência humanitária através dos canais da ONU e das organizações civis com que trabalha.

Riza disse que um dos problemas mais urgentes é o tratamento dos feridos, uma vez que o sistema de saúde atingiu um ponto de quase colapso após as explosões de meios de comunicação do Hezbollah na semana passada.

As explosões causaram milhares de feridos, exigindo a utilização de praticamente todo o material médico disponível, referiu.

"Com a escalada das hostilidades, o sistema está a debater-se com recursos muito limitados para satisfazer as necessidades crescentes", alertou coordenador humanitário da ONU para o Líbano.

Até o momento, 500 abrigos foram montados para receber cerca de 80 mil pessoas deslocadas, acrescentou.

O jornal libanês L'orient du Jour noticiou hoje que mais de 1.500 pessoas foram mortas no Líbano em 11 meses de troca de tiros entre o Hezbollah e as forças israelitas.

Desde segunda-feira, terão morrido mais de 600 pessoas em bombardeamentos israelitas no Líbano.

O Hezbollah, que tem o apoio do Irão, tem atacado o norte de Israel a partir do sul do Líbano em apoio ao grupo extremista palestiniano Hamas, que enfrenta uma ofensiva israelita na Faixa de Gaza.

A ofensiva foi desencadeada por um ataque do Hamas em solo israelita que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns que foram levados para Gaza, segundo Israel.

A resposta israelita em Gaza provocou mais de 41.500 mortos no enclave governado pelo Hamas desde 2007, de acordo com as autoridades locais.

Leia Também: Médio Oriente. Israel mantém ataques aéreos contra o Líbano

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