Sobe para 63 o número de mortos à passagem do furacão Helene nos EUA

O número de mortos devido à passagem do furacão Helene no leste e sudeste dos Estados Unidos subiu no sábado para 63, enquanto milhões de americanos em dez Estados continuam sem eletricidade, segundo as autoridades.

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Lusa
29/09/2024 10:45 ‧ 29/09/2024 por Lusa

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EUA

Pelo menos 24 pessoas morreram na Carolina do Sul, 17 na Geórgia, 11 na Florida, dez na Carolina do Norte e uma na Virgínia, segundo um balanço compilado pela agência AFP a partir de declarações das autoridades locais.

 

O Helene atingiu o noroeste da Florida na noite de quinta-feira, como um furacão de categoria 4, numa escala de 5, e ventos medidos a 225 km/h.

O furacão deslocou-se depois para norte, perdendo intensidade, mas deixando atrás de si uma paisagem desoladora.

"Estou profundamente triste com a perda de vidas e a devastação causada pelo furacão Helene", declarou no sábado o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, acrescentando: "O caminho para a recuperação será longo".

O Alabama, a Florida, a Geórgia, a Carolina do Norte, a Carolina do Sul e o Tennessee declararam o estado de emergência e mais de 800 funcionários da Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA) foram destacados para o local.

Agora diminuído para "ciclone pós-tropical", o Helene deverá atingir hoje o vale do Ohio e a região central dos Apalaches, escreveu o Centro Nacional de Furacões (NHC), que também alertou para o facto de os cortes de energia poderem ser "de longa duração".

De acordo com o 'site' de monitorização poweroutage.us, mais de 2,6 milhões de pessoas continuavam hoje sem eletricidade em dez estados, desde a Florida até ao sudeste do Indiana.

As equipas de emergência ainda estão a trabalhar para restaurar a energia e lidar com as consequências das enormes inundações que destruíram casas, estradas e empresas.

Mas os seus esforços são dificultados por terrenos acidentados e estradas de acesso bloqueadas.

Em Cedar Key, uma ilha de 700 habitantes na costa oeste da Florida, os telhados das casas foram arrancados e as paredes rasgadas.

Vastas áreas foram destruídas por deslizamentos de terras e inundações intensas, tão distantes como Asheville, na Carolina do Norte.

Depois de se ter formado no Golfo do México, o Hélène deslocou-se sobre águas particularmente quentes.

"É provável que estas águas muito quentes tenham contribuído para a rápida intensificação do Helene", afirmou a climatologista Andra Garner.

Segundo os cientistas, ao aquecerem as águas do mar, as alterações climáticas aumentam a probabilidade de as tempestades se intensificarem rapidamente e aumentam o risco de furacões mais potentes.

Leia Também: Furacão Helene mata pelo menos 56 pessoas nos Estados Unidos

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