Pelo menos 24 pessoas morreram na Carolina do Sul, 17 na Geórgia, 11 na Florida, dez na Carolina do Norte e uma na Virgínia, segundo um balanço compilado pela agência AFP a partir de declarações das autoridades locais.
O Helene atingiu o noroeste da Florida na noite de quinta-feira, como um furacão de categoria 4, numa escala de 5, e ventos medidos a 225 km/h.
O furacão deslocou-se depois para norte, perdendo intensidade, mas deixando atrás de si uma paisagem desoladora.
"Estou profundamente triste com a perda de vidas e a devastação causada pelo furacão Helene", declarou no sábado o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, acrescentando: "O caminho para a recuperação será longo".
O Alabama, a Florida, a Geórgia, a Carolina do Norte, a Carolina do Sul e o Tennessee declararam o estado de emergência e mais de 800 funcionários da Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA) foram destacados para o local.
Agora diminuído para "ciclone pós-tropical", o Helene deverá atingir hoje o vale do Ohio e a região central dos Apalaches, escreveu o Centro Nacional de Furacões (NHC), que também alertou para o facto de os cortes de energia poderem ser "de longa duração".
De acordo com o 'site' de monitorização poweroutage.us, mais de 2,6 milhões de pessoas continuavam hoje sem eletricidade em dez estados, desde a Florida até ao sudeste do Indiana.
As equipas de emergência ainda estão a trabalhar para restaurar a energia e lidar com as consequências das enormes inundações que destruíram casas, estradas e empresas.
Mas os seus esforços são dificultados por terrenos acidentados e estradas de acesso bloqueadas.
Em Cedar Key, uma ilha de 700 habitantes na costa oeste da Florida, os telhados das casas foram arrancados e as paredes rasgadas.
Vastas áreas foram destruídas por deslizamentos de terras e inundações intensas, tão distantes como Asheville, na Carolina do Norte.
Depois de se ter formado no Golfo do México, o Hélène deslocou-se sobre águas particularmente quentes.
"É provável que estas águas muito quentes tenham contribuído para a rápida intensificação do Helene", afirmou a climatologista Andra Garner.
Segundo os cientistas, ao aquecerem as águas do mar, as alterações climáticas aumentam a probabilidade de as tempestades se intensificarem rapidamente e aumentam o risco de furacões mais potentes.
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