Os Huti lançaram no sábado um míssil balístico contra o aeroporto internacional Ben Gurion, próximo de Telavive, quando o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu estava a chegar.
As forças armadas israelitas afirmaram hoje ter morto um dirigente de topo do Hezbollah, num ataque aéreo, quando o grupo militar libanês estava a recuperar de uma série de ataques devastadores que provocaram a morte do líder, Hassan Nasrallah.
Segundo as forças militares, Nabil Kaouk, o número dois do Conselho Central do Hezbollah, foi morto no sábado.
Com esta morte, são já sete as vítimas entre dirigentes de topo do Hezbollah em pouco mais de uma semana, incluindo membros fundadores que escaparam à prisão e à morte durante décadas.
Entre elas, Ali Karaki, o comandante de operações do Hezbollah, que morreu na sexta-feira no mesmo ataque que matou Nasrallah, e que visou um complexo subterrâneo em Beirute onde o líder do Hezbollah e outros dirigentes se reuniram.
Fontes de segurança citadas pela imprensa israelita descreveram Karaki como responsável pela atividade militar do grupo no sul do Líbano e membro do Conselho da Jihad, o órgão do movimento responsável pelos planos de segurança.
Nos últimos dez dias, Israel lançou vários bombardeamentos contra supostos alvos do Hezbollah nos subúrbios do sul de Beirute, o mais grave dos quais na sexta-feira matou Karaki, Nasrallah e outros altos membros ainda não anunciados pelo grupo.
O Irão confirmou a morte no mesmo ataque do general de brigada Abbas Nilfroshan, adjunto para as operações do chefe dos Guardas da Revolução, o exército ideológico da República Islâmica.
A imprensa iraniana apresentou Nilfroshan, 58 anos, como o chefe no Líbano da força Qods, a unidade de elite dos Guardas da Revolução que supervisiona as operações militares iranianas no Médio Oriente.
O chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, advertiu hoje que "todas as possibilidades estão abertas" no conflito com Israel, incluindo a guerra, após a morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, um aliado de Teerão.
Israel e Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado diário desde 07 de outubro de 2023, após o ataque do Hamas em solo israelita que desencadeou a atual guerra na Faixa de Gaza, levando a que dezenas de milhares de pessoas tenham abandonado as suas casas em ambos os lados da fronteira israelo-libanesa.
Os ataques de Israel contra o Hezbollah intensificaram-se de forma substancial nos últimos dias, após as autoridades militares de Telavive terem anunciado uma deslocação das operações da Faixa de Gaza para o norte do país.
O Hezbollah integra o chamado "Eixo da Resistência", uma coligação liderada pelo Irão de que fazem parte também, entre outros, o grupo extremista palestiniano Hamas e os rebeldes Hutis do Iémen.
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