"Os serviços de informações, apoiados por uma unidade do Exército e pelos residentes de Jezzine, detiveram a maioria dos 132 reclusos que escaparam da prisão de Jezzine", indicaram as Forças Armadas libanesas, num breve comunicado, referindo que estão a trabalhar para capturar os restantes.
Situada a cerca de 40 quilómetros a sul de Beirute (capital do Líbano), Jezzine está à mesma altitude que o município de Ain al Delb, onde este domingo pelo menos 24 pessoas morreram e outras 29 ficaram feridas num ataque aéreo israelita, segundo o Ministério da Saúde libanês.
Israel continuou hoje a sua intensa campanha de bombardeamentos iniciada há uma semana contra os principais bastiões do movimento xiita libanês Hezbollah no sul e leste do Líbano, mas também nos subúrbios ao sul de Beirute e noutras zonas mais a norte da capital que até recentemente não tinham sido alvo de ataques israelitas.
O Hezbollah confirmou no sábado a morte do líder do movimento xiita libanês, Hassan Nasrallah, horas depois de o exército israelita ter anunciado que o líder xiita pró-iraniano tinha morrido no bombardeamento da sede da organização na sexta-feira, nos subúrbios sul de Beirute.
Israel já tinha matado este mês o chefe das operações militares e das forças de elite, Ibrahim Aqil, num outro ataque em Beirute.
Israel e Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado diário desde outubro de 2023, após o ataque do Hamas em solo israelita que desencadeou a atual guerra na Faixa de Gaza, levando a que dezenas de milhares de pessoas tenham abandonado as suas casas em ambos os lados da fronteira israelo-libanesa.
Os ataques de Israel contra o Hezbollah intensificaram-se de forma substancial nos últimos dias, após as autoridades militares de Telavive terem anunciado uma deslocação das operações da Faixa de Gaza para o norte do país.
O Hezbollah integra o chamado "Eixo da Resistência", uma coligação liderada pelo Irão de que fazem parte também, entre outros, o grupo extremista palestiniano Hamas e os rebeldes Hutis do Iémen.
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