Israel volta a atacar subúrbios a sul de Beirute
As forças israelitas atacaram hoje os subúrbios a sul de Beirute, adiantou uma fonte de segurança libanesa, pouco depois de novo apelo de Israel para a saída dos moradores da zona.
© ETIENNE TORBEY/AFP via Getty Images
Mundo Médio Oriente
"Um ataque aéreo israelita teve como alvo os subúrbios a sul de Beirute", referiu a fonte de segurança, que falou à agência France-Presse (AFP) sob condição de anonimato.
Os correspondentes da AFP ouviram o som de uma explosão na zona, que Israel atingiu várias vezes desde a semana passada, afirmando ter como alvo locais do Hezbollah.
Também as Forças de Defesa de Israel (FDI) destacaram na rede social Telegram que estavam a atingir "alvos terroristas" do movimento xiita Hezbollah em Beirute.
As forças israelitas já tinham instado na terça-feira à noite os residentes de um bairro nos arredores a sul de Beirute, conhecido como Dahye, a manterem-se afastados de certas áreas porque vão ser alvo de bombardeamentos.
Estes tipos de anúncios tornaram-se comuns desde que Israel intensificou os ataques contra o grupo libanês Hezbollah e a sua milícia.
As FDI garantiram hoje que os seus aviões de combate vão continuar a atacar "com força" nas próximas horas "no Médio Oriente".
"A Força Aérea continua a operar em plena capacidade e esta noite continuaremos a atacar o Médio Oriente com força, como tem acontecido há um ano", frisou o contra-almirante Daniel Hagari, porta-voz das FDI, em comunicado divulgado na sequência do ataque do Irão, que disparou 180 mísseis contra Israel.
As IDF estabeleceram também na terça-feira à noite uma nova "zona militar fechada" que abrange outras três comunidades fronteiriças com o Líbano, tal como fez na segunda-feira antes de iniciar a invasão terrestre no sul do país vizinho.
A zona militar inclui desta vez as comunidades agrícolas de Dovev, Tivbon e Malkia, todas a cerca de um quilómetro da fronteira com o Líbano e que foram evacuadas há quase um ano devido ao fogo cruzado.
Este encerramento segue-se ao já ordenado pelo Exército nas comunidades fronteiriças de Metula, Misgav Am e Kfar Giladi na tarde de segunda-feira, horas antes da invasão.
O Ministério da Saúde libanês anunciou esta noite que 55 pessoas morreram e outras 156 ficaram feridas por "ataques do inimigo israelita" nas últimas 24 horas, em várias regiões do país.
A unidade de gestão de catástrofes anunciou antes da publicação deste relatório diário que 1.873 pessoas foram mortas no Líbano desde que Israel e o Hezbollah começaram a trocar ofensivas, em outubro.
Nas últimas semanas, Israel intensificou os ataques aéreos contra posições do movimento xiita Hezbollah no Líbano.
O Hezbollah começou a disparar 'rockets', mísseis e 'drones' (aeronaves não-tripuladas) sobre o norte de Israel um dia depois de o ataque de 07 de outubro de 2023 do grupo islamita palestiniano Hamas em território israelita ter desencadeado uma guerra na Faixa de Gaza.
O Hezbollah integra o chamado "Eixo da Resistência", uma coligação liderada pelo Irão e contra Israel de que fazem parte também, entre outros, o grupo extremista palestiniano Hamas e os rebeldes huthis do Iémen.
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