"Controlo sobre o próprio corpo". Melania Trump defende direito ao aborto

O marido, o ex-presidente Trump, vangloria-se frequentemente de que a sua nomeação de três juízes conservadores para o Supremo Tribunal foi a chave para derrubar a proteção federal ao aborto.

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© Tom Williams/CQ-Roll Call, Inc via Getty Images

Notícias ao Minuto
03/10/2024 08:17 ‧ 03/10/2024 por Notícias ao Minuto

Mundo

EUA

Melania Trump, mulher do republicano Donald Trump, defendeu o direito ao aborto num livro de memórias, enquanto o marido, ex-presidente dos Estados Unidos e candidato às presidenciais de novembro, apoia a possibilidade de os Estados restringirem a prática.

 

"Porque é que alguém, para além da própria mulher, deveria ter o poder de determinar o que ela faz com o seu próprio corpo?", questionou Melania Trump, num livro de memórias que o jornal britânico The Guardian teve acesso e que deve ser publicado no próximo dia 8 de outubro, cerca de um mês antes das eleições de novembro. 

"Restringir o direito de uma mulher a escolher se quer interromper uma gravidez indesejada é o mesmo que negar-lhe o controlo sobre o seu próprio corpo. Carreguei esta convicção comigo durante toda a minha vida adulta", acrescentou.

Sublinhe-se que o ex-presidente Trump vangloria-se frequentemente de que a sua nomeação de três juízes conservadores para o Supremo Tribunal norte-americano foi a chave para derrubar a proteção federal ao aborto.

O direito federal ao aborto, recorde-se, foi revogado em junho de 2022 quando a super maioria conservadora do Supremo Tribunal anulou a decisão de 1973 conhecida como Roe v. Wade. 

Posteriormente, essa decisão deu lugar a que estados republicanos em quase metade do país impusessem vetos severos ou totais ao aborto, medidas extremamente impopulares entre a maioria do eleitorado, que foram derrotadas sempre que foram submetidas a votação.

Encorajados pela onda conservadora impulsionada por evangélicos influentes, alguns republicanos chegaram a suscitar a ideia de impor uma restrição nacional caso controlem os poderes Executivo e o Legislativo.

Leia Também: Migrações, tiroteios e até Médio Oriente. O debate entre Walz e JD Vance

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