Falando na Carolina do Norte (sudeste), na sexta-feira, Trump referiu uma questão colocada ao Presidente Joe Biden, na quarta-feira, sobre a possibilidade de Israel ter como alvo as instalações nucleares iranianas.
"Fizeram-lhe esta pergunta, a resposta deveria ter sido 'atacar primeiro a energia nuclear e preocupar-se com o resto depois'", disse Trump.
"Mas veremos quais são os seus planos", acrescentou o antigo presidente republicano.
"É o maior risco que temos, as armas nucleares, o poder das armas nucleares e o poder das armas", por isso, "temos de estar total e absolutamente preparados", afirmou Trump.
Na quarta-feira, o líder dos EUA afirmou opor-se a ataques israelitas contra instalações nucleares iranianas.
"A resposta é não", disse à comunicação social Joe Biden, inquirido sobre se apoiaria uma ação desse tipo por parte de Israel.
"Estamos de acordo os sete que os israelitas têm o direito de retaliar, mas devem responder de forma proporcional", acrescentou Biden, referindo-se aos outros líderes do G7, o grupo dos países mais industrializados do mundo, composto, além dos Estados Unidos, por Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão e Reino Unido, embora a União Europeia também esteja representada.
Na sexta-feira, o Presidente afirmou que Israel deveria também "considerar outras opções" que não atacar instalações petrolíferas no Irão.
"Se eu estivesse no lugar deles, consideraria outras opções além de atacar os campos petrolíferos" no Irão, declarou.
A Guarda Revolucionária do Irão avisou na sexta-feira que atacará a indústria energética israelita se Israel visar o setor petrolífero iraniano.
"Se o regime sionista cometer um erro, atacaremos todas as suas fontes de energia, estações, refinarias e campos de gás", disse o vice-comandante da Guarda Revolucionária Iraniana, brigadeiro-general Ali Fadavi.
"O regime sionista tem apenas três centrais elétricas e algumas refinarias, mas o Irão é um país enorme", disse Fadavi em declarações divulgadas por meios de comunicação social iranianos, segundo a agência de notícias espanhola EFE.
As ameaças do Irão surgem no meio de especulações de que Israel poderá retaliar contra o Irão, sendo o setor petrolífero um dos possíveis alvos devido aos prejuízos económicos que causaria, de acordo com meios de comunicação israelitas.
O Irão lançou na noite de terça-feira 200 mísseis contra Israel, em retaliação pelos assassínios do líder do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, do chefe do grupo xiita libanês Hezbollah, Hasan Nasrallah, e de um general iraniano.
Leia Também: Eleições nos EUA. Obama e Musk juntam-se a campanhas a um mês do sufrágio