Conille partiu no sábado e, de acordo com um comunicado, irá reunir-se com William Ruto, Presidente do Quénia, país que lidera a missão, e discutir a chegada dos próximos contingentes policiais.
Há duas semanas, durante uma visita à capital haitiana, Porto Príncipe, William Ruto anunciou a chegada de mais 600 militares para se juntarem à missão: 300 soldados em outubro e o mesmo número em novembro.
A missão tem atualmente apenas 400 operacionais, a grande maioria quenianos. No início de setembro, cerca de duas dezenas de polícias e soldados da Jamaica chegaram ao Haiti.
A missão deverá atingir 2.500 operacionais. Bahamas, Bangladesh, Barbados, Benim e Chade já se comprometeram a enviar polícias e soldados, embora não seja claro quando isso poderá acontecer.
Nos Emirados Árabes Unidos, Garry Conille irá reunir-se com o homólogo, Mohamed bin Rashid, para discutir a utilização de tecnologias e assistência técnica na área de segurança.
O primeiro-ministro do Haiti tem previstas outras reuniões com responsáveis de vários países africanos para discutir a crise de segurança e as oportunidades para o Haiti, acrescentou a nota.
A viagem de Conille acontece dois dias depois de um grupo armado ter matado "pelo menos 70 pessoas" e ferido gravemente outras 16 no Haiti na quinta-feira, incluindo mulheres e crianças, disse a ONU.
O ataque foi levado a cabo por membros do grupo 'Gran Grif', que, armados com espingardas automáticas, mataram pelo menos 70 pessoas, incluindo cerca de 10 mulheres e três crianças, declarou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH).
Os membros do grupo "terão incendiado pelo menos 45 casas e 34 veículos", obrigando os residentes na localidade de Port Sonde a fugir.
O ACNUDH apelou a "um maior apoio financeiro e logístico internacional à missão multinacional.
A missão está a ter grandes dificuldades em lidar com os grupos fortemente armados que há vários meses têm vindo a devastar a capital haitiana e os seus arredores.
"É também essencial que as autoridades conduzam uma investigação rápida e exaustiva deste ataque, levem os alegados autores à justiça e garantam a reparação das vítimas e das suas famílias", acrescentou o Alto Comissário.
A onda de violência e a situação humanitária catastrófica, que causou quase 3.900 mortos desde janeiro, obrigou mais de 700 mil pessoas, metade das quais crianças, a abandonar as suas casas na procura de refúgio noutros pontos do país, de acordo com os últimos dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM), publicados na quarta-feira.
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