Os empresários acusados de envolvimento numa rede de prostituição de menores em Múrcia, Espanha, escaparam à pena de prisão.
Os arguidos chegaram a um acordo para reduzir as suas penas de prisão e evitar o julgamento, em troca do seu reconhecimento dos factos. Entre os argumentos para reduzir a pena está a atenuante da demora injustificada, ou seja, a demora do processo judicial, que levou 10 anos a ser realizado.
Entre os clientes processados por utilizarem esta rede de menores encontram-se empresários de renome na região, como um promotor imobiliário e antigo vice-presidente da Confederação de Organizações Empresariais de Cartagena, que deixou o cargo em 2014, quando o esquema foi descoberto. Também estão implicados os membros de um escritório de advogados.
Estes ficaram obrigados a pagar multas de 500 a 2.000 euros às vítimas.
Eram clientes de uma rede de exploração sexual de menores. Os proxenetas criaram toda uma rede de exploração em que exigiam aos menores imagens suas em determinadas poses, que depois incluíam num catálogo. No total, havia fotografias de mais de 400 pessoas.
Os responsáveis pelo esquema “capturavam raparigas à porta de clubes noturnos para menores e até de escolas, algumas de famílias desestruturadas e outras em situação de carência e vulnerabilidade”. Em troca, prometiam-lhes luxos e muito dinheiro.
Para além das pessoas envolvidas no recrutamento das raparigas, a rede tinha também um hostel que fornecia os quartos onde se realizava esta exploração infantil. No caso estão envolvidos, ainda, quatro motoristas que eram responsáveis por transportar as jovens para os locais onde teriam os seus encontros sexuais.
Os arguidos tinham consciência de que estavam a recrutar raparigas, pedindo-lhes propositadamente
Segundo os meios espanhóis, . Da pena máxima de 24 a 56 anos, serão condenados a uma pena de cinco meses a dois anos por cada uma das infrações. Em termos de indemnização, os arguidos terão de pagar entre 500 e 2.000 euros por vítima. A isto acrescem as multas, que variam entre 450 e 720 euros.
Os seis empresários que foram hoje absolvidos de uma pena de prisão, terão de pagar uma multa e abster-se de cometer novas infrações, de comunicar com as vítimas e de frequentar um curso de reeducação sexual.
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