Israel admite que possível novo líder do Hezbollah terá sido "eliminado"

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, admitiu hoje que o provável sucessor de Hassan Nasrallah como líder do grupo libanês Hezbollah poderá ter sido morto num ataque israelita.

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© REUTERS/Amr Abdallah Dalsh

Lusa
08/10/2024 15:36 ‧ 08/10/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"O Hezbollah é uma organização sem líder, Nasrallah foi eliminado, o seu substituto provavelmente também foi eliminado", disse Gallant durante uma visita às tropas do Comando Norte, segundo a agência espanhola Europa Press.

 

Desde a morte de Nasrallah, no final de setembro, o seu primo Hashem Safiedin tem sido apontado como possível novo líder do grupo xiita libanês, embora Gallant não o tenha mencionado diretamente.

Fontes oficiais israelitas citadas na sexta-feira pelo diário norte-americano The New York Times disseram que Safiedin estava num edifício que foi atacado na quinta-feira à noite, em Beirute, estando incontactável desde então.

O ministro da Defesa israelita disse às tropas do Comando Norte que a falta de liderança do Hezbollah poderá ter "um efeito dramático" na guerra porque "não há ninguém na milícia que tome as decisões".

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Gallant aproveitou o encontro com as tropas para destacar as operações em curso do exército israelita no Líbano contra o Hezbollah e afirmou que toda a região do Médio Oriente está em suspenso, segundo o jornal The Times of Israel.

"Quando o fumo no Líbano se dissipar, o Irão vai perceber que perdeu o seu bem mais valioso, que é o Hezbollah", disse Gallant, sugerindo uma possível eliminação total do grupo xiita, que conta com o apoio direto de Teerão.

O Irão chegou a atacar Israel em solidariedade com o Líbano e Gaza.

O conflito no Médio Oriente eclodiu há mais de um ano, quando o Hamas lançou uma ofensiva sem precedentes no sul de Israel, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

O ataque desencadeou uma operação militar israelita contra a Faixa de Gaza que, até à data, causou a morte de cerca de 42.000 palestinianos.

No dia seguinte ao ataque do Hamas, o Hezbollah lançou mísseis através da fronteira libanesa para o norte de Israel para apoiar o grupo palestiniano ao criar uma nova frente de guerra.

Israel respondeu durante um ano, mas, em meados de setembro, intensificou as operações com uma série de bombardeamentos, incluindo em Beirute, que desmembraram a milícia islamita.

Ao assinalar hoje o primeiro ano do atual conflito com Israel, o líder interino do Hezbollah, Naim Qassem, disse que as capacidades militares do grupo continuavam intactas e prometeu continuar a atacar as cidades israelitas.

"Quero assegurar-vos que as nossas capacidades são boas, ao contrário do inimigo que afirma ter-nos enfraquecido", afirmou num discurso televisivo, citado pela agência francesa AFP.

Leia Também: China repatria 215 cidadãos do Líbano devido à escalada de violência

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