"As Forças de Defesa de Israel estão a operar agressivamente contra organizações terroristas na área e continuarão a fazê-lo por muito tempo. A área designada, incluindo abrigos, é uma zona de combate perigosa e deve ser evacuada imediatamente", afirmou o porta-voz árabe do exército, Avichay Adraee.
Israel retomou esta semana a ofensiva militar terrestre no norte do enclave e estendeu as ordens de evacuação para as suas principais cidades, incluindo o campo de refugiados de Yabalia, uma das áreas mais povoadas da Faixa e para onde os habitantes de Gaza estavam a regressar.
A agência de notícias palestina Wafa informou que o campo de Jabalia, na Faixa de Gaza, sofreu intensos bombardeamentos aéreos e terrestres durante a madrugada de sábado, causando dezenas de mortos e feridos, incluindo crianças.
De acordo com Wafa, apesar das ordens de evacuação, muitos residentes em Yabalia optaram por ficar, não tendo alternativa segura para onde ir.
Israel bombardeou na sexta-feira à noite as proximidades da mesquita Omari, em Jabalia, causando 22 mortos e 90 feridos, enquanto as condições humanitárias pioram no campo, com escassez de alimentos, medicamentos e abastecimento de água.
Desde o início da guerra, em 07 de outubro, 42.126 palestinianos foram mortos na Faixa de Gaza e 98.117 ficaram feridos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, que estima existirem também 10 mil corpos presos sob os escombros.
No meio de uma ofensiva no norte da Faixa, os principais hospitais da região estão sitiados por tropas israelitas e estão à beira do colapso, especialmente o Kamal Adwan em Beit Lahia, onde o Gabinete Humanitário das Nações Unidas (OCHA) estava sem acesso pelo terceiro dia consecutivo sem poder fornecer necessidades básicas e combustível.
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