Médio Oriente: Irão pede apoio a Omã e reúne-se com Huthis do Iémen

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Aragchi, esteve hoje em Omã para angariar apoio para o seu país relativamente às tensões no Médio Oriente, e aproveitou a visita para se reunir com rebeldes pró-iranianos.

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Lusa
14/10/2024 12:25 ‧ 14/10/2024 por Lusa

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Aragchi, que chegou a Omã após uma visita semelhante ao Iraque realizada no domingo, acordou com o seu homólogo omanense, Badr al Busaidi, "continuar os esforços feitos para reduzir a tensão na região através do diálogo e usar a diplomacia para resolver as diferenças e conflitos".

 

Segundo uma nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Omã, país conhecido pela mediação de conflitos na região, Aragchi e Al Busaidi "abordaram os desafios da região, especialmente a escalada de conflito provocada pela continuada agressão israelita contra o Líbano e Faixa de Gaza".

Os meios de comunicação oficiais iranianos indicaram que Aragchi se reuniu, em Mascate, com o porta-voz e negociador-chefe dos Huthis do Iémen, Mohamed bin Abdulsalam, sem revelar detalhes sobre o conteúdo do encontro.

Os Huthis, apoiados por Teerão, e que pertencem ao ramo xiita do Islão, do qual o Irão é o maior expoente, têm lançado, desde novembro de 2023, dezenas de ataques de drones e mísseis contra navios israelitas ou ligados a Israel no Mar Vermelho e no Mar Arábico para prejudicar economicamente Israel pela guerra em Gaza.

O movimento político-religioso lançou também mísseis balísticos e drones contra Israel após o início da intensa campanha de bombardeamentos israelitas no Líbano, no final de setembro, mas o ritmo dos seus ataques diminuiu nos últimos dias.

A visita de Aragchi a Omã e ao Iraque faz parte de uma campanha diplomática que o levou também, na semana passada, à Arábia Saudita e ao Qatar em busca de apoio, em plena escalada de tensão entre o Irão e Israel.

O ministro iraniano assegurou, no domingo, que o seu país quer a paz e vai trabalhar para a alcançar na Faixa de Gaza e no Líbano, mas, ao mesmo tempo, avisou que o Irão está preparado para a guerra se for arrastado para um conflito.

No início do mês, o Irão realizou um ataque a Israel, lançando cerca de 200 mísseis contra o território israelita, como resposta à invasão do Líbano e ao recente assassinato de vários dos seus aliados, incluindo o secretário-geral do grupo xiita libanês Hezbollah, Hasan Nasrallah, e o chefe do gabinete político do Hamas, Ismail Haniyeh.

Israel prometeu, de imediato, retaliar com um ataque "letal e surpreendente".

Segundo a imprensa norte-americana, o objetivo é atacar infraestruturas militares e energéticas, tendo os Estados Unidos anunciado que vão instalar em Israel um sistema de defesa antimísseis de alta altitude, que será manobrado por militares norte-americanos, depois dos ataques do Irão.

 

Leia Também: PCP acusa Governo de ser cúmplice de Israel e exige "fim do massacre"

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