"As instalações de saúde no Líbano foram obrigadas a fechar as portas devido à intensificação dos bombardeamentos israelitas. As nossas equipas estão a trabalhar para prestar assistência, mas tiveram de suspender as atividades em algumas zonas", indicou a ONG numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter).
A organização sublinhou, contudo, a importância de que "os civis e o pessoal médico sejam protegidos", depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter afirmado na sexta-feira que se registaram 18 ataques a estabelecimentos de saúde no Líbano desde meados de setembro, matando pelo menos 72 profissionais de saúde e ferindo outros 40.
Estima-se que 96 hospitais e centros de cuidados primários do sul do Líbano se tenham visto obrigados a encerrar, por causa do aumento dos ataques israelitas.
Cinco hospitais estão totalmente encerrados devido aos danos causados, ao passo que outros quatro tiveram de ser parcialmente evacuados.
A decisão da MSF foi tomada no contexto de mais de um ano de combates entre Israel e o partido-milícia xiita libanês Hezbollah, que se intensificaram nas últimas semanas, especialmente após o início, em princípios de outubro, da invasão israelita do território libanês.
Israel descreve a sua invasão como uma operação "seletiva e limitada" contra "alvos terroristas e infraestruturas" do Hezbollah.
A ofensiva terrestre foi lançada após semanas de constantes ataques, em simultâneo com uma intensificação dos bombardeamentos à capital, Beirute, e a outras zonas do país.
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