O cidadão sírio, de 32 anos, foi detido em Aerzen, uma pequena cidade na Baixa Saxónia (noroeste) onde reside, no âmbito de uma investigação liderada pelo Ministério Público de Görlitz (leste) com colaboração da Europol.
As casas de dois alegados cúmplices, também de nacionalidade síria e com idades de 25 e 29 anos, foram revistadas noutras duas pequenas cidades da Baixa Saxónia, disse a polícia federal, que mobilizou cerca de uma centena de efetivos para a operação.
Esta rede é suspeita do tráfico de cerca de mil imigrantes ilegais, "na maioria cidadãos sírios e iraquianos, para a Alemanha através da Polónia", disse a Ministra do Interior alemã, Nancy Faeser, em comunicado.
A governante referiu ainda suspeitas de que estes migrantes entravam no espaço da União Europeia em território polaco, "atravessando a fronteira com a Bielorrússia a pé", apesar de um muro que as autoridades polacas construíram na divisão dos dois países.
Segundo os investigadores, a rede organizou cerca de 100 operações deste tipo desde 2021, tendo sido angariados até 13 mil euros por pessoa.
Desde que o Governo do chanceler cessante, Olaf Scholz, introduziu controlos fronteiriços, no outono de 2023, "cerca de 2.200 contrabandistas" foram detidos, indicou Nancy Faeser.
O número de pessoas entradas ilegalmente no país caiu de cerca de 40.000 em 2023 para 10.000 em 2024, de acordo com as estatísticas da polícia.
O futuro chanceler alemão, o conservador Friedrich Merz, fez do combate à imigração ilegal uma das prioridades durante a campanha eleitoral, na sequência de vários ataques mortíferos com estrangeiros que impulsionaram o segundo lugar histórico da extrema-direita na votação realizada em fevereiro.
Nancy Faeser será substituída pelo conservador Alexander Dobrindt, que defende grande firmeza no tema das migrações, no executivo de coligação entre a União Democrata-Cristã (CDU) de Merz e os sociais-democratas do SPD.
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