Israel pede à China "posição equilibrada" face a ameaça iraniana

O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, manteve hoje uma conversa telefónica com o homólogo chinês, Wang Yi, na qual apelou para uma "posição equilibrada" de Pequim no conflito no Médio Oriente e avisou para a ameaça iraniana.

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© Kobi Wolf/Bloomberg via Getty Images

Lusa
14/10/2024 19:36 ‧ 14/10/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Esclareci que o Irão é a principal causa da desestabilização no Médio Oriente. O Irão é uma ameaça, tanto através dos seus representantes como diretamente, à paz do Médio Oriente e à paz do mundo inteiro", disse Katz nas redes sociais, onde analisou os ataques perpetrados ou apoiados por Teerão contra o território israelita.

 

O chefe da diplomacia israelita recordou o ataque com mísseis levado a cabo pelo Irão no início do mês contra Israel, bem como o massacre do grupo islamita palestiniano Hamas há mais de um ano no sul do país e que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza, que por sua vez se alastrou ao Hezbollah no Líbano, tratando-se em ambos os casos de movimentos armados apoiados por Teerão.

"Esperamos que a China expresse uma posição equilibrada e justa em relação à guerra que foi imposta a Israel, que reflita com precisão quem são os elementos terroristas na nossa região e quem é o país que se defende dos ataques destes elementos terroristas", sustentou Katz.

Da mesma forma, o ministro israelita valorizou a cooperação económica entre os dois países, que inclui o comércio e a presença de cerca de 20.000 cidadãos chineses no seu país, "que continuaram a trabalhar em Israel durante a guerra".

Por fim, Katz e Wang concordaram em aprofundar a sua relação e cooperação para "fortalecer os laços" entre os dois países, de acordo com a diplomacia israelita.

O conflito no Médio Oriente prolonga-se há mais de um ano, desde 07 de outubro de 2023, data do ataque do Hamas a Israel, que, a partir de então, desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza.

No último ano, o grupo xiita libanês Hezbollah partiu em apoio do seu aliado palestiniano e tem trocado tiros de 'rockets' numa base quase diária com Israel, que, na última quinzena de setembro intensificou os seus ataques contra o sul do Líbano e arredores de Beirute.

A guerra aberta entre Israel e Hezbollah conheceu novos desenvolvimentos no início do mês, quando as forças israelitas iniciaram uma invasão terrestre no sul do Líbano.

Além do Hamas e do Hezbollah, Israel tem enfrentado ainda ações hostis de milícias pró-iranianas na Síria e no Iraque e do grupo armado iemenita Huthis, também apoiado por Teerão.

Leia Também: MSF suspende trabalho em várias zonas do Líbano devido a bombardeamentos

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