Recomendada reforma dos Serviços Secretos após tentativa de assassínio de Trump

Uma comissão de inquérito independente recomendou hoje que os Serviços Secretos norte-americanos, responsáveis pela proteção de figuras políticas, "sejam reformadas em profundidade" para impedir a repetição de fiascos como a tentativa de assassínio do ex-presidente Donald Trump.

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© REUTERS/Brendan McDermid

Lusa
17/10/2024 18:30 ‧ 17/10/2024 por Lusa

Mundo

Estados Unidos

Num relatório, os quatro membros da comissão recomendam, em particular, uma mudança na direção dos Serviços Secretos, que estes sejam reorganizados com a nomeação de gestores externos para os liderar, e que passem a concentrar-se na sua missão crucial de proteção de altos responsáveis políticos, mesmo que isso implique o abandono de outras tarefas.

 

O relatório - dirigido ao secretário da Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, a autoridade que tutela os Serviços Secretos - aponta não só os "numerosos erros" cometidos a 13 de julho, durante o comício do candidato presidencial republicano em Butler, na Pensilvânia, no nordeste dos Estados Unidos, mas também "problemas mais profundos, sistémicos, que devem ser resolvidos com urgência".

"Os Serviços Secretos precisam de uma reforma de fundo para cumprir a sua missão. Sem essa reforma, a comissão independente acredita que outro Butler pode e vai voltar a acontecer", escrevem no início do documento de 35 páginas, além de anexos.

A chefia dos Serviços Secretos norte-americanos está a ser assegurada de forma interina por Ronald Rowe desde a demissão, a 23 de julho, da diretora em exercício, Kimberly Cheatle, dez dias após o fracasso de Butler.

As críticas centraram-se no facto de o atirador, Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, ter conseguido posicionar-se no telhado de um edifício situado dentro do "perímetro exterior" do dispositivo de segurança, sob a responsabilidade da polícia local, e abrir fogo antes de ser abatido pelos Serviços Secretos.

Correram mundo as imagens de Donald Trump, atingido de raspão numa orelha, com o sangue a escorrer-lhe pelo rosto e o punho erguido, com a bandeira dos Estados Unidos por detrás, enquanto os seguranças o retiravam do local.

Leia Também: Harris ou Trump não fará diferença para o Irão, diz embaixador em Lisboa 

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