O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que esta quinta-feira é um "dia bom", referindo-se à morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar, pelas Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês).
É "um dia bom para Israel, para os Estados Unidos e para o mundo", disse Biden em comunicado, citado pela agência de notícias Associated Press, onde considera que o acontecimento é uma "oportunidade" para que reféns israelitas sejam libertados pelo grupo extremista, e para que a guerra na Faixa de Gaza acabe.
Biden comparou o caso ao assassinato de Osama Bin Laden, então líder do grupo terrorista Al-Qaeda, acusado por Washington de ser o principal arquiteto dos ataques de 11 de Setembro de 2001.
"Nenhum terrorista no mundo consegue fugir à justiça, independentemente de quanto demore", disse o presidente norte-americano, admitindo que vai falar com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e com outros líderes de Telavive para os felicitar e para "discutir o caminho para levar os reféns para casa", bem como "para terminar esta guerra de uma vez por todas".
Agora, com a morte de Sinwar, há uma nova "oportunidade" em Gaza, "sem o Hamas no poder", para um "estabelecimento político que dê um melhor futuro para israelitas e palestinianos igualmente".
Por volta das 16h00 locais (14h00 em Lisboa), o exército israelita anunciou que estava a investigar se um dos três militantes mortos em operações em Gaza era Sinwar, indicando que não poderia confirmar até ter os resultados das impressões digitais e da coroa dentária, que foram todos confirmados mais tarde.
De acordo com as limitadas informações reveladas até agora, a morte de Sinwar ocorreu na quarta-feira num encontro casual entre tropas israelitas e milicianos em Rafah, no sul do enclave palestiniano.
Segundo o exército israelita, não foi encontrado nenhum dos reféns ainda mantidos em cativeiro no enclave, governado pelo Hamas desde 2007.
A imprensa israelita sugere que Sinwar teria permanecido escondido com reféns nos túneis da Faixa de Gaza até ao final de agosto, quando o Hamas abateu seis pessoas sequestradas em Rafah.
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