O Ministério da Defesa romeno afirmou que um objeto não identificado violou o espaço aéreo romeno na noite de quinta-feira, de acordo com o portal Transtelex.ro.
Foi detetado a 150 quilómetros da base aérea de Mihail Kogalniceanu, no sudeste do país, junto ao mar Negro, entrando numa profundidade máxima de 14 quilómetros em território nacional.
Em reação, duas aeronaves F-18 da Força Aérea espanhola da Base Aérea 57 em Mihail Kogalniceanu e dois F-16 da Força Aérea romena da Base Aérea 86 em Borcea levantaram voo para monitorizar a área.
Ambas as bases estão localizadas perto da fronteira com a Ucrânia.
Os aviões não tiveram contacto visual com o alvo em nenhum ponto da sua trajetória, enquanto o sistema de vigilância perdeu o sinal do radar cerca de 20 minutos após o alerta.
Os quatro caças permaneceram na região durante 50 minutos antes de regressarem às respetivas bases.
Desde que a Rússia iniciou a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, vários 'drones' (aparelho aéreo não tripulado) russos lançados em ataques contra alvos ucranianos entraram no espaço aéreo romeno.
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, afirmou na sexta-feira, na reunião dos ministros da Defesa da Aliança, em Bruxelas, que a principal ameaça à NATO continua a ser a Rússia e que a defesa aérea e antimíssil continua a ser uma prioridade.
"Isto é ainda mais importante tendo em conta a guerra da Rússia contra a Ucrânia, que levou a múltiplas violações do espaço aéreo da NATO", a última das quais na Roménia, frisou.
Oito caças F-18 Hornet do Exército espanhol estão na Roménia no âmbito da missão de vigilância aérea reforçada (eAP) da NATO.
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