Scholz, um firme aliado de Israel, explicou que aquele país tem "o direito de se defender" dos ataques das milícias palestinianas e libanesas, embora tenha sublinhado que o exército israelita "deve agir sempre em conformidade com o direito internacional".
Erdogan, um apoiante declarado da causa palestiniana, falou sem rodeios do "genocídio cometido por Israel" na Faixa de Gaza e apelou de imediato à cooperação internacional "para evitar que o conflito se alastre".
Além disso, Erdogan acusou o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu de apresentar uma "mentalidade expansionista" que não tem interesse em "manter a guerra dentro de certos limites".
Segundo a comunicação social, durante a conferência de imprensa conjunta, Scholz acabou por reconhecer que a Alemanha e a Turquia "têm pontos de vista muito diferentes sobre o conflito".
No entanto, o presidente turco reconheceu a sua vontade de se aproximar da Alemanha noutros domínios.
"Queremos melhorar a nossa cooperação e deixar para trás alguns dos problemas vividos no passado no contexto do fornecimento de produtos da indústria de defesa", disse Erdogan, referindo-se às dificuldades comerciais entre as indústrias de armamento alemã e turca.
Na resposta, o chanceler lembrou que Berlim aprovou recentemente a venda de armas à Turquia, aliada da NATO, acrescentando que "mais" estão a caminho.
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