Presidente sul-africano considera a Rússia um "aliado" e "amigo precioso"

O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, classificou hoje a Rússia de "aliado" e "amigo precioso" do seu país, antes de uma reunião bilateral com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, à margem da cimeira dos BRICS, em Kazan, Rússia.

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© ALEXANDER NEMENOV/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
22/10/2024 15:37 ‧ 22/10/2024 por Lusa

Mundo

África do Sul

"Continuamos a considerar a Rússia como um aliado querido, um amigo precioso", disse o Presidente sul-africano a Vladimir Putin, noticiaram os jornalistas da France-Presse (AFP) que acompanharam o início do encontro.

 

Ramaphosa disse estar "muito satisfeito" por estar na Rússia para discutir "questões geopolíticas" com os outros membros da aliança BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul), mas também temas como o "comércio, as alterações climáticas, a paz e a segurança".

Vladimir Putin dirigiu-se a Ramaphosa afirmando que as relações entre a Rússia e a África do Sul "baseiam-se nos princípios de uma parceria estratégica abrangente, da igualdade e do respeito mútuo".

"O diálogo está a desenvolver-se", afirmou Putin, acrescentando que o comércio bilateral aumentou 3% entre janeiro e agosto deste ano.

"E, claro, a Rússia atribui especial importância ao reforço das relações com os países do continente africano", acrescentou.

Sancionado pelo Ocidente desde o lançamento da ofensiva militar na Ucrânia, em 2022, o Kremlin pode ainda contar com o apoio, ou neutralidade, de muitos Estados africanos.

O Presidente russo referiu ainda que espera pela presença do chefe da diplomacia sul-africana na cidade russa de Sochi, localizada na costa do Mar Negro, em 9 e 10 de novembro, para uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros no âmbito da parceria "Rússia-África".

O grupo BRICS, inicialmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, expandiu-se para nove membros com a integração do Irão, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos e procura tornar-se um poderoso contrapeso ao Ocidente na política e eventos comerciais mundiais, que são de particular interesse para Moscovo e Teerão, que enfrentam sanções europeias e norte-americanas.

Leia Também: UE "confiante" que Guterres vai apelar a Putin para "cessar hostilidades"

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