"A nossa expectativa é que todos participantes na cimeira aproveitem a oportunidade para pedir a [Vladimir] Putin, mais uma vez, para parar imediatamente com a guerra que está a travar contra a população ucraniana", disse Peter Stano, porta-voz do executivo comunitário, em conferência de imprensa, em Bruxelas.
Esta semana, em Kazan, o Presidente da Federação Russa é o anfitrião da cimeira dos BRICS, bloco que integra atualmente China, Brasil, Egito, Irão, Etiópia, Índia, África do Sul, Emirados Árabes Unidos e Rússia.
É a primeira grande cimeira em território russo desde 24 de fevereiro de 2022, primeiro dia da invasão russa da Ucrânia que dura há quase três anos.
Putin deixou de viajar para a generalidade dos países que têm acordos de cooperação com a Rússia, uma vez que a maioria também pertence ao Tribunal Penal Internacional, que emitiu em março de 2023 um mandado de detenção contra o Presidente russo.
Na sessão de abertura da cimeira, que decorre até quinta-feira, Vladimir Putin criticou o que disse ser o "protecionismo" económico e as sanções impostas pelos países ocidentais, nomeadamente os da UE e os Estados Unidos da América.
Na mesma intervenção, Putin afirmou que a formação de um mundo multipolar "está em curso".
"O processo de criação de um mundo multipolar está em curso, um processo dinâmico e irreversível", declarou o chefe de Estado russo no discurso de abertura do encontro, no qual Moscovo pretende conseguir avanços na ambição de competir com a "hegemonia ocidental".
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
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