"As forças de segurança descobriram informações dos serviços secretos e numerosos documentos encontrados na Faixa de Gaza que confirmam a filiação militar de seis jornalistas da Al-Jazeera em Gaza com as organizações terroristas Hamas e Jihad Islâmica", declarou o exército num comunicado, citando os nomes dos jornalistas da emissora proibida em Israel desde abril.
Os documentos encontrados incluem "listas de pessoal, listas de cursos de formação de terroristas, listas telefónicas e documentos salariais de terroristas".
Para Israel, estes documentos "constituem uma prova inequívoca de que estes indivíduos atuam como agentes militares de organizações terroristas na Faixa de Gaza" e confirmam o seu papel enquanto porta-vozes de "propaganda pró-Hamas", especialmente no norte da Faixa, através da Al-Jazeera.
As acusações contra os jornalistas surgem após a intensificação da ofensiva israelita no norte da Faixa de Gaza nas últimas três semanas, o que provocou a morte de mais de 700 pessoas, o aprisionamento de milhares de feridos e a deslocação de dezenas de milhares de pessoas, segundo dados da ONU.
A Al-Jazeera acusou Israel de impedir a "evacuação médica urgente" de dois dos seus jornalistas que ficaram gravemente feridos em ataques israelitas na Faixa de Gaza há duas semanas.
A emissora do Qatar está proibida em Israel desde abril, quando o Governo acusou a rede de ser "um perigo para a segurança nacional".
A 22 de setembro, Israel ordenou igualmente o encerramento do gabinete do Qatar em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, após soldados terem invadido as instalações e terem apreendido e destruído equipamento.
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