"O Hamas controla a cobertura mediática da Al Jazeera para servir os seus próprios interesses, impedindo o público em Gaza e em todo o mundo de descobrir a verdade sobre os seus crimes contra os civis em Gaza. Pensem duas vezes antes de usarem a Al Jazeera como uma fonte fiável", publicaram, nas redes sociais, as Forças de Defesa de Israel (FDI).
O exército partilhou uma série de documentos em árabe, datados de 2022, nos quais o Hamas alegadamente dá instruções específicas à emissora do Qatar para evitar noticiar uma operação falhada em que o movimento islamita Jihad Islâmica lançou um míssil que atingiu por engano Jabalia, matando vários civis.
No documento divulgado pelas autoridades militares israelitas, o Hamas pede também à cadeia de notícias pan-árabe que evite discutir o assunto nos programas de entretenimento, que publique o menor número possível de imagens do acontecimento e, sobretudo, que não utilize a palavra "massacre" para se referir ao sucedido.
Israel acusou na quarta-feira seis jornalistas da Al Jazeera de serem "agentes da ala militar" dos grupos islamitas Hamas e da Jihad Islâmica, afirmando ter encontrado documentos que alegadamente provam as suas ligações às milícias palestinianas.
A Al Jazeera acusou Israel de impedir a "evacuação médica urgente" de dois dos seus jornalistas que ficaram gravemente feridos em ataques israelitas na Faixa de Gaza há duas semanas.
A emissora do Qatar está proibida em Israel desde abril, quando o Governo acusou a rede de ser "um perigo para a segurança nacional".
A 22 de setembro, Israel ordenou igualmente o encerramento do gabinete do Qatar em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, após soldados terem invadido as instalações e terem apreendido e destruído equipamento.
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