As imagens que estão a ser divulgadas pelas televisões e nas redes sociais mostram rios, estradas, ruas e campos inundados, carros arrastados pelas águas e pessoas em telhados ou árvores à espera de resgate.
O presidente do governo regional da Comunidade Valenciana, Carlos Mazón, reiterou hoje o pedido à população para evitar sair de casa e para em especial não tentar circular pelas estradas da província de Valência e confirmou que há "múltiplas vítimas", sem confirmar um número.
Na última noite, a precipitação na região de Valência foi a mais elevada em 24 horas desde 11 de setembro de 1966, de acordo com dados oficiais.
O Governo de Espanha criou também uma comissão de crise para monitorizar os efeitos da tempestade na costa mediterrânica, enquanto o Rei, Felipe VI, disse acompanhar "com grande preocupação as consequências devastadoras" das inundações.
Segundo o serviço de emergências da Comunidade Valenciana, cerca de 200 pessoas foram resgatadas durante a madrugada de diversos locais, mas as equipas de proteção civil e de militares que estão no terreno continuam sem acesso a várias zonas afetadas, por haver vias inundadas e danificadas ou infraestruturas afetadas.
Numa declaração aos jornalistas, o coordenador das equipas de emergência, José Miguel Basset, disse que com o nascer do dia e o reforço de meios começou a ser possível iniciar resgates com meios aéreos e que há centenas de pessoas presas, por exemplo, em troços de duas autoestradas, numa situação que considerou "muito complicada".
Além de haver infraestruturas afetadas, há também várias zonas sem comunicações e eletricidade, disse José Miguel Basset.
[Notícia atualizada às 08h04]
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