"Um discurso do novo líder do Hezbollah, Naim Qassem, está previsto para hoje", um dia depois de ter sido nomeado pelo Conselho Shura, órgão máximo de governo do grupo xiita libanês, garantiu a fonte, que não adiantou pormenores.
O Hezbollah, em guerra com Israel, anunciou a nomeação de Qassem após a morte do seu líder, Hassan Nasrallah, num ataque israelita a 27 de setembro.
Após nomear Qassem, o Conselho Shura prometeu trabalhar com o Hezbollah "para alcançar os objetivos do caminho do movimento e para manter a chama da resistência a brilhar e a sua bandeira erguida até que a vitória seja alcançada".
Esta decisão foi tomada depois de o Hezbollah ter confirmado na semana passada a morte de Hashem Safiedine, chefe do conselho executivo do grupo e considerado um dos principais candidatos à sucessão do clérigo Nasrallah.
O Irão apoia o Hezbollah desde a sua fundação, na década de 1980, e o grupo é um dos seus principais aliados na região.
Teerão lidera o chamado "Eixo da Resistência", a aliança informal anti-Israel a que pertencem, além do Hezbollah, o grupo palestiniano Hamas, os Houthis, do Iémen, e milícias islâmicas no Iraque e na Síria.
Como vingança pela morte de Nasrallah, bem como pelo assassínio do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão, o Irão atacou Israel com cerca de 180 mísseis em 01 de outubro.
Telavive respondeu por sua vez no sábado com ataques a alvos militares em três províncias iranianas, incluindo Teerão, que fizeram cinco mortos.
Israel invadiu o Líbano após semanas de bombardeamentos e ataques contra o país, incluindo a explosão coordenada de milhares de aparelhos de comunicação, depois de quase um ano de combates com o Hezbollah na zona fronteiriça.
O Governo libanês calculou que os ataques israelitas iniciados provocaram cerca de 2.700 mortos e de 12.500 feridos.
O Hezbollah, apoiado pelo Irão, começou a bombardear o norte de Israel a partir do sul do Líbano em apoio ao Hamas, que enfrenta uma ofensiva militar de Telavive em Gaza desde que atacou solo israelita em 07 de outubro.
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