Annalena Baerbock declarou, durante um discurso, que "decidiu encerrar os três consulados-gerais iranianos em Frankfurt, Munique e Hamburgo" após o "assassínio" do dissidente Jamshid Sharmahd por "um regime ditatorial e injusto".
Segundo a ministra, a Alemanha vai manter a sua embaixada em Teerão e os seus canais diplomáticos com o Irão, em particular para defender os outros alemães que "o regime detém injustamente".
"O regime iraniano estava mais do que consciente da importância, para o Governo Federal alemão, dos casos de detenção de alemães", disse a ministra, recordando que Berlim "deu a conhecer regularmente e claramente a Teerão que a execução de um cidadão alemão levaria a consequências graves".
Segundo Annalena Baerbock, o assassínio de Sharmahd, diante dos "últimos desenvolvimentos no Médio Oriente, mostra que um regime ditatorial e iníquo como o dos mulás não funciona de acordo com a lógica diplomática normal".
Israel está envolvido num conflito com o Irão e os seus aliados desde o início da guerra na guerra na Faicxa de Gaza contra o Hamas, em 07 de outubro de 2023. Além do Hamas, enfrenta o Hezbollah libanês na sua fronteira norte.
Jamshid Sharmahd, de 69 anos, foi executado na segunda-feira, depois de ter passado vários anos na prisão pelo seu alegado envolvimento num ataque a uma mesquita em Shiraz (sul), em abril de 2008.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, classificou a execução como um "escândalo". O encarregado de negócios iraniano na Alemanha foi convocado poucas horas após este anúncio.
O iraniano naturalizado alemão, um opositor acusado de liderar um movimento monárquico, foi detido pelas autoridades iranianas em 2020 quando estava de passagem pelos Emirados Árabes Unidos.
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