"Se a Geórgia não mudar de rumo, demonstrando esforços concretos em termos de reformas (...), não estaremos em condições de apoiar a abertura de negociações de adesão deste país à União Europeia", afirmaram o Presidente francês, Emmanuel Macron, o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, numa declaração conjunta antes do início de dois dias de reuniões europeias em Budapeste.
As eleições foram ganhas pelo partido Sonho Georgiano, no poder desde 2012 e acusado pelos adversários de tendências conservadoras e autoritárias pró-russas e de querer afastar a Geórgia da UE e da NATO.
A formação política nega estas acusações e a oposição pró-europeia recusa-se a reconhecer os resultados oficiais das eleições.
Na segunda-feira à noite, milhares de manifestantes concentraram-se à frente ao parlamento georgiano em Tbilisi, pela segunda vez desde que os resultados foram anunciados.
O Kremlin rejeitou as acusações de interferência, enquanto a UE e os Estados Unidos apontaram irregularidades e pediram investigações.
Com esta declaração, Paris, Berlim e Varsóvia, que formam aquilo o chamado Triângulo de Weimar, estão a tentar aumentar a pressão. Os três países afirmaram estar "profundamente preocupados com as numerosas irregularidades e com a intimidação dos eleitores" registadas pela missão internacional de observação, pedindo que "todas as queixas sejam investigadas e que as irregularidades sejam divulgadas".
"Apoiamos as aspirações democráticas e europeias do povo georgiano", acrescentaram.
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