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Tropas norte-coreanas já registam baixas em Kursk, diz Zelensky

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje que as tropas norte-coreanas que combatem ao lado da Rússia contra as forças ucranianas na região fronteiriça russa de Kursk já sofreram as primeiras baixas em combate.

Tropas norte-coreanas já registam baixas em Kursk, diz Zelensky
Notícias ao Minuto

07/11/24 19:58 ‧ Há 2 Horas por Lusa

Mundo Ucrânia

"Sim, já houve perdas. É um facto", disse Zelensky em Budapeste, numa conferência de imprensa realizada no final da cimeira da Comunidade Política Europeia, que teve lugar na capital húngara.

 

Zelensky voltou a tornar públicas informações dos seus serviços de informação que foram também confirmadas pelos Estados Unidos, segundo as quais cerca de 11.000 soldados norte-coreanos estão na região russa de Kursk.

Segundo o líder ucraniano, uma parte destes militares já está a combater contra as forças de Kiev que ocupam parcialmente aquela região fronteiriça desde agosto passado.

O Presidente da Ucrânia voltou a alertar que o homólogo russo, Vladimir Putin, está atento à reação da comunidade internacional à entrada na guerra de soldados regulares de outro país.

E manifestou mais uma vez a sua convicção de que Putin irá incorporar mais soldados estrangeiros no seu Exército se este primeiro destacamento não receber uma resposta ocidental mais firme e concreta do que aquela que os aliados de Kiev têm dado até agora.

"Putin olha sempre para a reação do mundo e, neste momento, a reação não é suficiente", concluiu o chefe de Estado ucraniano, que anteriormente já tinha alertado, no encontro com os líderes europeus em Budapeste, que qualquer concessão do seu país a Moscovo será inaceitável para Kiev e para a Europa.

O Presidente ucraniano apelou para que os Estados Unidos e a Europa sejam fortes e valorizem as suas relações, ainda que a eleição do republicano Donald Trump para a presidência norte-americana lance incerteza sobre os laços de Washington com os seus aliados e o apoio à Ucrânia.

Mais de dois anos e meio depois de ter iniciado a invasão da Ucrânia, a Rússia está em vantagem militar na frente leste, registando progressos contra forças ucranianas em menor número e menos bem equipadas.

Num dia marcado por uma nova série de ataques intensos russos na Ucrânia, o secretário do Conselho de Segurança da Rússia e ex-ministro da Defesa, Sergei Shoigu, pressionou os aliados ocidentais de Kiev para iniciarem negociações.

"A situação no teatro das hostilidades não é a favor do regime de Kiev, o Ocidente tem uma escolha: continuar o seu financiamento [da Ucrânia] e a destruição da população ucraniana ou admitir as realidades existentes e começar a negociar", declarou.

Com o regresso de Donald Trump à Casa Branca, a bola está no campo norte-americano, comentou, por seu lado, o chefe da diplomacia de Moscovo, Serguei Lavrov, acrescentando que irá aguardar por "alguma proposta" do novo executivo de Washington, que só tomará posse em 20 de janeiro de 2025.

Leia Também: Zelensky avisa que qualquer concessão a Putin será inaceitável

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