As libertações ocorrem antes das novas eleições presidenciais de janeiro em que Lukashenko procura um sétimo mandato.
"(...) Lukashenko, tomou a decisão de perdoar 31 pessoas, condenadas por crimes de extremismo", referiu o gabinete da presidência, através da rede social Telegram.
A nota especifica que foram perdoados 29 homens e duas mulheres, dos quais 17 sofrem de doenças crónicas e três sofrem de deficiência. Dos indultados, 27 têm filhos e sete destes são pais de famílias numerosas.
"Os condenados foram libertados da pena sem que os seus antecedentes criminais fossem eliminados. O Ministério do Interior será responsável por garantir o seu comportamento cumpridor da lei", pode ler-se.
Em agosto e setembro, Lukashenko perdoou um total de 97 presos políticos, incluindo um médico, um dirigente sindical e um jornalista.
Na Bielorrússia existem atualmente cerca de 1.400 presos políticos, segundo o grupo de defesa dos direitos humanos Viasná, muitos destes detidos e condenados pelos enormes protestos antigovernamentais de agosto de 2020, quando Lukashenko foi declarado vencedor das eleições presidenciais com mais de 80%, numas eleições que segundo a oposição e o Ocidente foram fraudulentas.
A irmã da líder da oposição bielorrussa, María Kolesnikova, que está presa desde setembro de 2020, alertou no final de outubro que os presos políticos na Bielorrússia poderão sofrer o mesmo destino que o falecido líder da oposição russa, Alexei Navalny, se não forem em breve indultados ou trocados pelo Ocidente.
"Há trinta pessoas que podem não sobreviver. As suas vidas estão ameaçadas e podem morrer a qualquer momento. Pelo menos seis morreram nos últimos três anos. Destas, três este ano", frisou à agência Efe Tatsiana Jómich, irmã da líder da oposição presa, María Kolésnikova.
A oposição no exílio espera que um fim rápido da guerra na Ucrânia, juntamente com as eleições presidenciais de janeiro na Bielorrússia, acelere a libertação dos prisioneiros, entre os quais se encontra Ales Bialiatski, líder da Viasná e vencedor do Prémio Nobel da Paz em 2022.
Em dezembro de 2022, Lukashenko comutou ou reduziu as penas de 4.500 reclusos ao abrigo de uma lei de amnistia, mas nenhum destes tinha sido preso por protestar contra a fraude eleitoral.
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