Num comunicado, a Comissão Europeia refere que a UE "trabalhará com os parceiros internacionais para cumprir os objetivos do Acordo de Paris de limitar o aumento da temperatura média mundial a um nível tão próximo quanto possível de 1,5 °C".
Para Bruxelas, as alterações climáticas continuam a ser uma questão que não conhece fronteiras e prejudica cada vez mais vidas e meios de subsistência em todo o mundo.
A UE defende que "na COP 29, as Partes no Acordo de Paris devem assegurar que os fluxos financeiros mundiais estão cada vez mais alinhados" com as metas desta, nomeadamente "através da adoção de um novo objetivo coletivo quantificado (NCQG) em matéria de financiamento da luta contra as alterações climáticas.
O NCQG será a principal prioridade das negociações deste ano, sublinha o executivo comunitário.
De acordo com dados de Bruxelas, a UE é atualmente o maior financiador internacional da ação climática, contribuindo com 28,6 mil milhões de euros para o financiamento público da ação climática em 2023 e mobilizando um montante adicional de 7,2 mil milhões de euros de financiamento privado para apoiar os países em desenvolvimento na redução das suas emissões de gases com efeito de estufa e na adaptação aos impactos das alterações climáticas.
A equipa de negociação da UE, liderada pelo comissário neerlandês, Wopke Hoekstra, trabalhará igualmente para concluir as negociações sobre os mercados internacionais do carbono ao abrigo do artigo 6.º do Acordo de Paris.
As cimeiras das Nações Unidas sobre o clima já se realizaram 28 vezes, mas as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) continuam a aumentar e o ano passado foi o mais quente já registado.
A 29.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP29) decorre de 11 a 22 de novembro em Baku, Azerbaijão, o que significa que a cimeira da ONU sobre o clima se realiza pelo terceiro ano consecutivo num país que produz petróleo ou gás, que, em conjunto com o carvão, são das principais causas do aquecimento global.
A COP29 inicia-se duas semanas depois da divulgação de um relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), que indica que os níveis dos três principais gases que contribuem para o aquecimento global - dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O) - voltaram a aumentar em 2023.
No âmbito do Acordo de Paris de 2015, 194 países concordaram em manter a variação média da temperatura mundial bem abaixo dos 2 °C e o mais próximo possível dos 1,5 °C até ao final do século.
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