Num comunicado divulgado no âmbito da reabertura das escolas, prevista para a próxima segunda-feira, o diretor do Save the Children na Comunidade Valenciana, Rodrigo Hernández, recordou a necessidade de ativar as cantinas escolares nas regiões que sofreram os efeitos do fenómeno meteorológico, que causou mais de 220 mortos.
Mais de 36.000 crianças com menos de 16 anos nas diferentes áreas afetadas estão em risco de pobreza ou exclusão social, o que representa 29,5% do número total de crianças que vivem na região, diz a associação, com base em dados do Instituto Valenciano de Estatística.
Contudo, salienta, o número de crianças vulneráveis afetadas por esta catástrofe é muito maior.
"É importante lembrar que antes das inundações já havia muitas crianças em situação complicada, por isso é fundamental garantir uma alimentação adequada", sublinhou Hernández.
Pelo menos 223 pessoas morreram nas inundações de 29 de outubro em Espanha e as autoridades têm registo de 50 pessoas desaparecidas, segundo os balanços oficiais mais recentes.
O Governo de Espanha declarou na terça-feira "zona de catástrofe" a região de Valência e aprovou um primeiro pacote de 10.600 milhões de euros em ajudas às populações e empresas afetadas pelas inundações.
Espanha iniciou já também os procedimentos para ativar o fundo de solidariedade da União Europeia e pediu a aprovação urgente no Parlamento Europeu de uma alteração aos regulamentos dos fundos de coesão, para os poder reprogramar e destinar à zona afetada pelas inundações, por estarem em causa um desastre natural.
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