Biden garantiu ao seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, na sua última reunião em Washington em setembro, que entregaria toda a ajuda aprovada pelo Congresso antes do final do seu mandato, explicou o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, numa entrevista à CBS.
"Até 20 de janeiro teremos enviado à Ucrânia todo o montante de recursos e ajuda que o Congresso autorizou", disse Sullivan, principal conselheiro de política externa de Biden.
De acordo com Sullivan, Biden também pedirá ao novo Congresso e à próxima administração Trump, nos próximos 70 dias, que mantenham o apoio a Kiev, uma vez que "afastar-se da Ucrânia significaria mais instabilidade na Europa".
O Conselheiro de Segurança Nacional defendeu que, desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022, a política do Governo de Biden tem sido entregar armas à Ucrânia para que esta fique numa "posição mais forte", tanto em termos militares como numa possível negociação.
"Cabe à Ucrânia decidir, para a sua própria soberania e integridade territorial, quando e como se sentar para negociar" com a Rússia, disse.
Sob o lema "América Primeiro", Trump, que já governou o país entre 2017 e 2021, promete uma mudança para uma política externa mais isolacionista.
Em abril, o Congresso dos EUA conseguiu aprovar uma alocação de 61 mil milhões de dólares em ajuda à Ucrânia, após vários meses de bloqueio republicano ordenado pelo próprio Trump.
Ao longo da campanha e já depois de ter sido eleito, Trump tem afirmado que irá conseguir rapidamente a paz na Ucrânia, país invadido pela Rússia em larga escala em 2022, sem explicar como.
As autoridades judiciais norte-americanas apontaram, por diversas vezes, sinais de ligação da campanha de Donald Trump ao regime russo de Putin e o líder russo já disse que preferia ver na Casa Branca o milionário.
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