John Healey considerou que Trump "está comprometido" com a NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental), apesar dos rumores em contrário, e afirmou que em Washington "é reconhecida a importância da Aliança e de evitar mais conflitos na Europa".
"Creio que as nações europeias que fazem parte da NATO têm de fazer mais pela Aliança", sublinhou, acrescentando que Trump tem razão em exigir que esses países "façam mais para financiar melhor a NATO", como indicou em declarações à estação televisiva Sky News.
O ministro britânico referiu que o compromisso dos Estados Unidos se manteve ao longo dos diversos Governos do país e sustentou que, de momento, "não há motivos" que façam suspeitar de uma queda desse apoio durante o segundo mandato de Trump, que já foi inquilino da Casa Branca entre 2017 e 2021.
No entanto, Trump já anteriormente criticou a NATO e pressionou os Estados-membros a aumentarem o financiamento: na sua campanha eleitoral, afirmou que os Estados Unidos só ajudarão a organização a defender-se de um futuro ataque da Rússia se esta cumprir as suas obrigações orçamentais.
Até à data, os Estados-membros comprometeram-se a gastar 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em Defesa até 2024 e espera-se que 23 dos 32 Estados-membros o façam até ao final do ano.
A Polónia, que faz fronteira com a Ucrânia e a Rússia (com Kaliningrado), é o maior contribuinte para a aliança, com 4,1% do PIB, seguida da Estónia, com 3,4%, e dos Estados Unidos, também com 3,4%.
O Reino Unido, que atingiu 2,3% do PIB durante o anterior Governo conservador, é o nono da lista.
Embora Londres não tenha definido uma data exata para tornar efetivo o aumento da contribuição, o ministro reconheceu que o Governo "compreende que existe o dever de defender o país e de manter os seus cidadãos em segurança".
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