"Não faremos qualquer cessar-fogo, não tiraremos o pé do acelerador e não permitiremos qualquer trégua que não inclua a concretização dos objetivos da guerra. Continuaremos a atuar contra o Hezbollah em todo o lado e não pararemos até atingirmos os nossos objetivos", declarou o ministro, a partir do posto de controlo de onde são dirigidas as operações militares contra o Líbano.
Katz explicou que o objetivo de Israel é desarmar o Hezbollah e fazer com que as suas forças retirem para lá do rio Litani, no sul do Líbano, para que os mais de 60.000 habitantes deslocados das comunidades do norte possam regressar às suas casas.
Esta declaração do novo ministro da Defesa surge num contexto de contínuos apelos e rumores de negociações, mediadas pelos Estados Unidos e pela Rússia, para a assinatura de um acordo de cessar-fogo no Líbano.
Por sua vez, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, tinha referido na segunda-feira progressos nas negociações de cessar-fogo com o vizinho do norte do Líbano, sublinhando que o seu país estava "pronto" para alcançar um cessar-fogo.
"Estamos a trabalhar com os norte-americanos. Há progressos e estamos prontos para avançar nessas negociações", afirmou Gideon Saar, que substituiu na sexta-feira Israël Katz como chefe da diplomacia israelita.
Tal como hoje fez Katz, Saar assegurou que, para o avanço de tais conversações, que até agora se têm realizado de forma indireta, Israel precisa de garantias de que "o Hezbollah deixará de estar na (sua) fronteira norte, até ao rio Litani, e que não poderá rearmar-se" uma vez alcançado o acordo.
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, acusou na semana passada o Governo de Israel de obstruir todas as propostas para obter uma trégua com o Líbano, onde mais de 3.900 pessoas já foram mortas num ano de hostilidades, a maioria das quais no último mês e meio de escalada do conflito. Israel afirma ter, desde então, matado pelo menos 2.500 combatentes do Hezbollah.
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