Zelensky prevê que guerra termine "mais cedo" com administração Trump

O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky garantiu hoje que Donald Trump ouviu a posição de Kiev e antecipou que a guerra terminará mais cedo com a nova administração do republicano do que aconteceria com Joe Biden.

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© Oleg Palchyk/Global Images Ukraine via Getty Images

Lusa
15/11/2024 23:55 ‧ 15/11/2024 por Lusa

Mundo

Ucrânia

claro que, com as políticas da equipa que agora vai liderar a Casa Branca, a guerra vai acabar mais cedo. Esta é a sua posição e a sua promessa à opinião pública, e é muito importante para eles", frisou Zelensky, numa entrevista à televisão pública ucraniana, Suspline.

 

O chefe de Estado ucraniano insistiu ainda que para a Ucrânia "é muito importante ter uma paz justa", para que a justiça seja feita depois de perder a sua "melhor gente" na guerra.

Zelensky acrescentou que nas suas interações com Trump, o presidente eleito dos EUA "ouviu os fundamentos" do que a Ucrânia está a pedir.

"Não ouvi nada contra a nossa posição", acrescentou, sobre a reação de Trump.

O Presidente ucraniano tem falado repetidamente em público sobre a necessidade de acabar com a guerra o mais rapidamente possível, mas apela a que a paz ocorra em condições aceitáveis para Kiev, que atualmente se recusa a ceder territórios, e sublinha a necessidade de receber garantias de segurança credíveis.

Trump prometeu que vai promover negociações para pôr fim à guerra o mais rapidamente possível.

A Ucrânia teme que a paz proposta pelo republicano lhe queira ser imposta em troca da renúncia aos territórios ocupados pela Rússia.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

No terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.

As tropas russas, mais numerosas e mais bem equipadas, prosseguem o seu avanço na frente oriental, apesar da ofensiva ucraniana na Rússia, na região de Kursk.

As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.

Leia Também: Conversa Scholz-Putin abriu "caixa de Pandora"

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