Novos ataques israelitas em Gaza matam dezenas de pessoas

Novos ataques israelitas hoje em Gaza mataram dezenas de pessoas, segundo fontes citadas pelas agências de notícias Efe e France Presse.

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Lusa
17/11/2024 17:28 ‧ 17/11/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Um ataque israelita com drones em Khan Yunis, no sul de Gaza, matou hoje seis membros palestinianos da equipa de segurança que guardava uma caravana de ajuda humanitária, segundo a Efe.

 

O ataque aconteceu no bairro de Qizan al Najjar, no sul de Khan Yunis.

Após o ataque, várias pessoas saquearam os camiões de ajuda humanitária.

O exército israelita confirmou hoje ter feito ataques contra "alvos terroristas" durante a noite passada num setor do Norte da Faixa de Gaza.

Pelo menos 56 pessoas morreram em resultado de raides israelitas na noite passada, disse a Defesa Civil palestiniana à France Presse (AFP). Há ainda muitos feridos.

O ataque mais mortífero aconteceu em plena noite em Beit Lahia (Norte de Gaza), onde foi atingido um edifício residencial. Pelo menos 30 corpos foram retirados dos escombros e há dezenas de desaparecidos, disse à AFP o porta-voz da Defesa Civil, Mahmoud Bassal.

Os ataques de Israel a Gaza foram desencadeado por um ataque surpresa lançado em 07 de outubro de 2023 pelo movimento islamita palestiniano Hamas.

Este ataque causou a morte de 1.206 pessoas do lado israelita, na sua maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais e incluindo os reféns que morreram ou foram mortos em cativeiro na Faixa de Gaza.

Cerca de 43.800 palestinianos foram mortos na campanha militar de retaliação de Israel na Faixa de Gaza, a maioria dos quais civis, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas para Gaza, considerados fiáveis pela ONU.

Gaza vive uma profunda crise humanitária, com escassez de bens básicos como comida. Em resultado, são cada vez mais comuns os saques de caravanas que transportam bens essenciais.

A ONU informou esta semana que 20 dos 14 camiões que as suas agências fizeram entrar através do recém-inaugurado cruzamento de Kisufim, também no sul, "foram alvejados e saqueados" por estes grupos armados locais.

Em outubro, apenas 990 camiões com ajuda humanitária entraram na Faixa de Gaza, quando antes da guerra a média diária era de cerca de 500, número que já era considerado insuficiente pelas organizações internacionais.

Na "zona humanitária" que abarca o oeste de Khan Yunis e o centro de Deir al Balah, bem como a costa de Al Mawasi, mais a sul, o Exército israelita lançou hoje panfletos sobre a população com a mensagem "Preste atenção! Vigie o que há debaixo da sua tenda", em referência aos lançadores de foguetes das milícias palestinianas e como aviso de possíveis ataques na área.

Esta "zona segura" - para a qual o Exército israelita dirigiu os quase dois milhões de deslocados de Gaza, que ali estão amontoados em tendas em condições humanitárias precárias - tem sido objeto de numerosos ataques por parte das forças armadas sob o pretexto de que existem milicianos e armas aí escondidos, como também aconteceu em hospitais e escolas.

Leia Também: Ministério da Saúde atualiza para 43.846 número de mortos em Gaza

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