Sentença de Donald Trump adiada até ao fim do novo mandato na Casa Branca

Os procuradores opuseram-se à anulação da condenação do presidente eleito, mas expressaram abertura para adiar o caso até ao final do mandato.

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© ALLISON ROBBERT/POOL/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
19/11/2024 ‧ há 4 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Estados Unidos

Os procuradores de Nova Iorque concordaram em adiar a sentença do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, durante o tempo do novo mandato, rejeitando no entanto o pedido para anular a condenação. Em causa está um suborno de 122 mil euros à atriz de filmes pornográficos, Stormy Daniels.

 

O gabinete do procurador distrital de Manhattan reconheceu que é provável que o presidente eleito não seja condenado até ao final do mandato presidencial, que terminará em 2029, mas argumentou que a próxima presidência de Trump não é motivo para abandonar um caso que já foi julgado.

Contudo, "dada a necessidade de equilibrar interesses constitucionais concorrentes", assinalaram os procuradores, "deve-se considerar" potencialmente congelar o caso até que o magnata deixar a Casa Branca, mais de uma década após o início da investigação sobre os pagamentos ilegais a Stormy Daniels.

Em maio, um júri decidiu em Nova Iorque que Trump era culpado de 23 casos de falsificação de documentos, durante a campanha presidencial de 2016, para ocultar o pagamento de um suborno de 130 mil dólares (122 mil euros) a uma atriz de filmes pornográficos com quem tinha tido uma relação extraconjugal. 

A sentença estava inicialmente marcada para julho, mas o juiz Juan Merchan, do tribunal de Nova Iorque que julgou o caso, concordou em adiá-la até depois das eleições presidenciais de 5 de novembro, das quais Trump saiu vencedor. Merchan deu aos procuradores até hoje para compartilharem as suas ideias sobre como prosseguir com o caso.

Os procuradores indicaram hoje ao juiz que "estão cientes das necessidades e obrigações da Presidência" e percebem que o regresso de Trump à Casa Branca "levantará questões legais sem precedentes". "Também respeitamos profundamente o papel fundamental do júri no nosso sistema constitucional", acrescentaram.

Agora, é esperado que os advogados do magnata republicano apresentem uma resposta e, posteriormente, o juiz decidirá que medidas tomar.

Recorde-se que Donald Trump deverá tomar posse a 20 de janeiro de 2025 e que é a primeira pessoa na história norte-americana a vencer as eleições após ter sido condenado, além de ser também o ex-presidente a enfrentar um julgamento criminal. 

Apesar da condenação, Trump nega ter cometido qualquer crime e acusa os adversários democratas de conduzirem uma "caça às bruxas" contra ele.

Há um ano, Donald Trump enfrentava quatro acusações diferentes. Numa altura que o republicano se prepara para regressar à Casa Branca, os seus advogados tentam adiar ou anular os seus casos.

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