"O nosso mundo enfrenta enormes desafios globais. Nenhum governo ou instituição consegue responder sozinho a estes desafios. O multilateralismo e a diplomacia são mais necessários do que nunca. O multilateralismo está no cerne da política externa portuguesa", disse Luís Montenegro.
Segundo o primeiro-ministro, é preciso "um Conselho de Segurança preparado para o presente com os olhos postos no futuro".
"Fomos membros do Conselho de Segurança no passado e estamos prontos a servir a comunidade internacional uma vez mais. Os nossos valores e princípios não mudaram, tal como antes, estamos fortemente empenhados em defender a Carta das Nações Unidas, em defender o direito internacional e em reforçar a manutenção da paz", declarou.
Montenegro indicou também que é preciso ter capacidade de adaptção e que "se for eleito, Portugal investirá na diplomacia preventiva".
"Vamos aprofundar o trabalho do Conselho sobre as várias ameaças, vamos promover um Conselho mais transparente e aberto, um Conselho que sirva aos interesses de todos os países. Com o seu apoio, Portugal defenderá um Conselho de Segurança capaz de servir os seus objetivos, prevenir conflitos, cooperar com todos, proteger a paz", afirmou ainda.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, lançou formalmente em Nova Iorque, na quinta-feira, a campanha de Portugal para um lugar não permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) sob o lema "Prevenção, Parceria, Proteção".
Portugal é candidato a um dos dois lugares de Membro Não Permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas atribuído ao grupo da Europa Ocidental e Outros Estados, para o biénio 2027-2028.
A candidatura foi formalizada em janeiro de 2013 e as eleições para o referido mandato realizar-se-ão durante a 81ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em 2026.
O Conselho de Segurança da ONU é composto por 15 membros (5 membros permanentes e 10 não permanentes). Cada membro tem um voto, sendo que os 5 membros permanentes (China, Estados Unidos da América, França, Reino Unido e Rússia) têm poder de veto. Os membros não permanentes são eleitos para um mandato de dois anos.
Portugal integrou o Conselho de Segurança, como membro eleito não permanente, nos biénios 1979-1980, 1997-1998 e 2011-2012.
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