Parlamento ucraniano cancela sessão devido a risco de ataque russo

O Parlamento ucraniano cancelou a sessão de hoje devido ao risco acrescido de um ataque russo, um dia depois de a Rússia ter disparado um novo míssil balístico, disseram vários deputados.

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Lusa
22/11/2024 10:35 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia

A sessão ordinária com a participação de funcionários do governo "foi cancelada", disse a deputada do partido presidencial Yevheniia Kravchuk à agência francesa AFP, confirmando informações de outros deputados.

 

"Há sinais de um risco acrescido de ataques contra o bairro governamental nos próximos dias",acrescentou a deputada do partido Servo do Povo.

O bairro no coração de Kiev, que alberga igualmente a presidência, a sede do governo e o banco central, foi até agora poupado aos bombardeamentos.

O acesso ao bairro é estritamente controlado pelo exército.

O porta-voz do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, garantiu à imprensa que a administração presidencial estava "a trabalhar como habitualmente, respeitando as normas de segurança habituais".

Após o ataque com um novo míssil hipersónico, o Presidente russo, Vladimir Putin, falou à nação na quinta-feira à noite, e culpou o Ocidente pela escalada do conflito.

Disse que a guerra na Ucrânia assumiu agora um "caráter global" e ameaçou atacar os aliados de Kiev cujas armas de longo alcance sejam utilizadas para ataques dentro da Rússia.

O Kremlin (presidência russa) mostrou-se hoje confiante de que os Estados Unidos compreenderam a mensagem de Putin.

"Não temos dúvidas de que a atual administração de Washington teve a oportunidade de se familiarizar com esta declaração e de a compreender", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

A NATO e a Ucrânia deverão reunir-se em Bruxelas na terça-feira para discutir a situação, de acordo com fontes diplomáticas contactadas pela AFP.

Os Estados Unidos, que foram informados 30 minutos antes do lançamento russo, acusaram Moscovo na quinta-feira de "provocar uma escalada".

A ONU também falou de um "desenvolvimento preocupante" e o chanceler alemão, Olaf Scholz, lamentou uma "terrível escalada".

A China, um importante parceiro da Rússia acusado de participar no seu esforço de guerra, pediu contenção.

O Cazaquistão, um aliado de Moscovo, reforçou as medidas de segurança devido à nova "escalada na Ucrânia".

[Notícia atualizada às 11h45]

Leia Também: Rússia afirma ter frustrado a campanha militar da Ucrânia para 2025

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