Bielorrússia ameaça restringir internet em caso de protestos contra eleições

O Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, ameaçou hoje bloquear o acesso à internet caso venham a ocorrer protestos e distúrbios após as eleições previstas para janeiro de 2025, nas quais conta ser novamente reeleito.

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Lusa
22/11/2024 14:16 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Alexander Lukashenko

"Se isto voltar a acontecer, vamos 'fechar a internet' completamente", disse Lukashenko numa reunião com estudantes numa universidade em Minsk referindo-se às manifestações da oposição de 2020.

 

Lukashenko disse que o bloqueio ao acesso à internet que ocorreu em 2020 foi motivado pelos "riscos para o país" após umas eleições cujo resultado foi contestado pela oposição.

"Estávamos a falar do destino da Bielorrússia", considerou.

O líder da Bielorrússia culpou ainda a Polónia por alegadas manobras de desestabilização do seu país.

Se não tivessem sido tomadas medidas, o país poderia ter entrado "numa guerra pior do que a da Ucrânia", afirmou ainda, referindo-se aos protestos de 2020.

Lukashenko - que governa a Bielorrússia desde 1994, após o fim da União Soviética - obteve mais de 80% dos votos nas eleições de agosto de 2020, mas os resultados não foram reconhecidos pela maioria da comunidade internacional.

Nas semanas que se seguiram às últimas eleições registaram-se numerosos protestos que foram fortemente reprimidos pelas autoridades de Minsk.

Na altura, centenas de pessoas foram detidas e os poucos meios de comunicação social independentes que funcionavam foram encerrados pelo regime.

As próximas eleições estão agendadas para o próximo mês de janeiro sendo que a mesma Comissão Eleitoral que aceitou a candidatura de Lukashenko no final de outubro não validou as candidaturas de dois políticos da oposição.

Nas últimas semanas, candidaturas como as da antiga ministra do Interior, Olga Chemodanova, e de Sergei Bobrikov, considerado próximo do Presidente, foram rejeitadas.

Leia Também: Bielorrússia prende centenas por mostrarem solidariedade com Kyiv

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