A eurodeputada do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, acusou, esta quarta-feira, a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, de ser "incapaz de dizer Palestina" e "genocídio".
"Ursula Von der Leyen é incapaz de dizer Palestina. Também não diz genocídio. Sabemos assim que as suas palavras sobre o compromisso com direito internacional valem zero", acusou a bloquista na rede social X, numa altura em que o Parlamento Europeu se prepara para votar a composição do próximo colégio de comissários.
Para Catarina Martins está em causa uma Comissão Europeia que "esquece o pilar social e o pacto verde" e que está "ao serviço do complexo militar-industrial e que despreza as condições de vida das populações".
"Uma comissão onde se multiplicam os conflitos de interesse e os lobistas e onde a extrema-direita tem mais poder do que nunca (e mais do que a sua representação no parlamento ou no conselho europeus ditaria)", acrescentou.
Ursula Von Der Leyen é incapaz de dizer Palestina. Também não diz genocídio. Sabemos assim que suas palavras sobre o compromisso com direito internacional valem zero. pic.twitter.com/xAkiVZItde
— Catarina Martins (@catarina_mart) November 27, 2024
Na nota, a eurodeputada destacou também o facto de a comissão ter um "acordo anunciado de partidos da Direita, populares e liberais, da extrema-direita, dos socialistas e mesmo dos verdes".
"Terá a oposição da Esquerda. Mais necessária do que nunca. Aqui estamos. A Esquerda é hoje a oposição e a alternativa na Europa", frisou.
O Parlamento Europeu vota, esta quarta-feira, a composição do próximo colégio de comissários de Ursula Von der Leyen, cuja aprovação deverá estar assegurada depois de um acordo alcançado há uma semana entre PPE, socialistas e liberais.
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