Os setores da agricultura e das pescas, salientou Ursula von der Leyen, discursando perante o Parlamento Europeu (PE), são "os que mais sofrem as consequências das alterações climáticas e merecem condições de concorrência equitativas e que o seu trabalho árduo seja recompensado".
Os trabalhadores de ambos os setores -- que, salientou a líder do executivo comunitário, fornecem "os alimentos com a maior qualidade no mundo" -, merecem toda a ajuda para a proteção da natureza.
Os agricultores da UE têm-se manifestado contra a quebra de rendimentos, o excesso de burocracia e a escassez de ajudas face aos fenómenos climáticos extremos, levando Bruxelas a aprovar medidas e a alterar as regras da Política Agrícola Comum.
Recentemente, agricultores em França e na Polónia têm saído às ruas para contestar o acordo comercial UE-Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai), que integra uma secção sobre agricultura, cujas negociações fecharam em 2019 mas não está ainda adotado.
Segundo dados de Bruxelas, apesar da importância da produção alimentar, o rendimento dos agricultores é cerca de 40% inferior ao rendimento das atividades não agrícolas.
O próximo executivo comunitário, que é hoje votado no PE, é composto por 11 mulheres entre 27 nomes (40% de mulheres e 60% de homens), uma das quais a comissária indigitada por Portugal e antiga ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, que vai ocupar a pasta dos Serviços Financeiros e União da Poupança e dos Investimentos.
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