A KCNA indicou, num breve texto, que o plenário foi convocado para "rever a implementação das políticas do partido e do Estado" e a direção a seguir no próximo ano.
Nesta reunião, o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, poderá definir uma posição face ao regresso à Casa Branca, em janeiro, de Donald Trump, com quem realizou três cimeiras entre 2018 e 2019.
Nos últimos anos, Kim Jong-un tem convocado dois ou mais plenários do partido, incluindo um que termina habitualmente por volta de 31 de dezembro, e no qual faz avançar a orientação da política nuclear ou diplomática para o ano seguinte.
No plenário de dezembro passado, o líder norte-coreano afirmou a relação hostil com o Sul, indicando que Pyongyang se recusa a procurar a reconciliação e a unificação com o vizinho, o que representa um afastamento da estratégia diplomática da Coreia do Norte dos últimos 30 anos, levando ao atual aumento da tensão na península coreana.
Observadores disseram acreditar que a sessão plenária deste mês poderá servir para enviar uma mensagem a Trump, que vai assumir a presidência dos Estados Unidos poucas semanas depois, a 20 de janeiro, e que manifestou o desejo de se encontrar novamente com Kim.
No entanto, o líder norte-coreano afirmou recentemente que as negociações falhadas que manteve com o presidente eleito dos EUA, no anterior mandato, provaram que Washington não tem "vontade de coexistir" com o regime e que a política hostil em relação a Pyongyang nunca vai mudar.
Kim e Trump encontraram-se três vezes: em Singapura, em junho de 2018, em Hanói, em fevereiro de 2019, e na zona desmilitarizada (DMZ, na sigla em inglês) entre as duas Coreias, em junho de 2019.
As conversações fracassaram depois de em Hanói, Trump ter rejeitado a oferta de desarmamento nuclear da Coreia do Norte, que considerou insuficiente, posição que não foi possível ultrapassar na cimeira seguinte, na DMZ, e que muitos especialistas disseram acreditar ter gerado uma desconfiança em Pyongyang difícil de alterar.
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