Recusada liberdade condicional ao assassino em massa Anders Breivik

Os tribunais noruegueses já tinham rejeitado há dois anos o primeiro pedido de liberdade condicional de Breivik e o recurso subsequente.

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© BEATE OMA DAHLE/NTB/AFP via Getty Images

Lusa
04/12/2024 22:32 ‧ há 6 horas por Lusa

Mundo

Noruega

A justiça norueguesa recusou conceder a liberdade condicional ao supremacista de extrema-direita Anders Behring Breivik, autor do duplo atentado que matou 77 pessoas na Noruega em 2011, anunciou hoje o seu advogado, Øystein Storrvik.

 

"O tribunal reconhece uma evolução positiva da sua parte nalguns pontos, mas considera que as condições para a liberdade condicional não estão preenchidas", declarou Storrvik ao jornal Aftenposten, anunciando que vai recorrer da decisão.

De acordo com a agência noticiosa norueguesa NTB, o tribunal de Ringerike, Asker e Bærum - que tinha anunciado que tornaria pública a decisão na quinta-feira - considera que o líder de extrema-direita continua a ser perigoso e que o risco de cometer novos atos violentos não foi reduzido.

Os tribunais noruegueses já tinham rejeitado há dois anos o primeiro pedido de liberdade condicional de Breivik e o recurso subsequente.

Breivik foi condenado em 2012 a 21 anos de prisão, a pena máxima prevista na lei norueguesa na altura, que pode ser prolongada indefinidamente, embora tenha o direito de pedir periodicamente uma revisão após os primeiros dez anos.

Durante a audiência do mês passado, o terrorista norueguês voltou a mostrar remorsos pelos atentados e afirmou que já não era violento, embora mantenha as mesmas ideias.

Um exame psiquiátrico divulgado durante o julgamento concluiu que Breivik não é doente mental, mas é um extremista perigoso, tem distúrbios de personalidade narcisista e dissocial, traços próximos do autismo e tem opiniões políticas "extremas".

Breivik colocou uma carrinha armadilhada no complexo governamental de Oslo em 22 de julho de 2011, matando oito pessoas.

Em seguida, deslocou-se à ilha de Utøya, local do acampamento anual da Juventude Trabalhista, onde executou, durante pouco mais de uma hora, dezenas de pessoas que considerava defensoras do multiculturalismo e uma ameaça para a Noruega.

Breivik perdeu dois outros processos judiciais nos últimos anos contra o Estado norueguês, que acusa de violar os direitos humanos devido ao regime de prisão em solitária a que está sujeito.

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