Rebeldes sírios cercam cidade de Hama, fundamental para defender Damasco

Os rebeldes sírios cercaram quase totalmente a importante cidade de Hama, no centro da Síria, depois de uma ofensiva relâmpago no norte do país.

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© Bekir Kasim/Anadolu via Getty Images

Lusa
04/12/2024 23:34 ‧ há 14 horas por Lusa

Mundo

Síria

No espaço de uma semana, os rebeldes apoderaram-se de grande parte de Alepo, a segunda cidade síria, e prosseguiram o avanço para sul, desta feita com Hama no horizonte, uma cidade estratégica para o regime de Bashar al-Assad, uma vez que a proteção da capital, Damasco, depende do controlo de Hama, situada a 200 quilómetros.

 

Os combates e os bombardeamentos, que fizeram 704 mortos, dos quais 11 civis, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), são os primeiros desta dimensão desde 2020 na Síria, onde uma guerra civil eclodiu em 2011.

Os rebeldes cercavam hoje Hama "de três lados", especificou o OSDH, baseado em Londres, ma com uma ampla rede de informação no terreno.

"Estão entre três a quatro quilómetros da cidade, depois de violentos confrontos", e as forças governamentais só têm uma única saída, para Homs, no sul", segundo a organização não governamental (ONG).

Uma fonte militar síria, citada pela agência noticiosa estatal, Sana, disse que "combates ferozes" estavam a opor os militares sírios, apoiados por aviões russos, aos rebeldes no norte da província de Hama.

Estes confrontos representam um risco de "graves abusos" dos civis, alarmou-se a ONG Human Rights Watch, com as duas partes acusadas de violação dos direitos humanos.

A agência noticiosa alemã DPA anunciou a morte de um dos seus fotógrafos, Anas Alkharboutli, durante um ataque aéreo perto de Hama.

O coordenador humanitário regional adjunto da ONU para a Síria, David Carden, indiciou à AFP que mais de 115 mil pessoas tinham sido deslocadas durante esta semana de combates.

A Federação Russa e o Irão, os principais aliados de Damasco, e a Turquia, um apoio relevante dos rebeldes, estão em "contacto estreito" para estabilizar a situação, anunciou hoje a diplomacia russa.

A Síria, depois da guerra civil, que causou meio milhão de mortos, está dividida em várias zonas de influência, onde os beligerantes são apoiados por potências estrangeiras.

Com o apoio militar russo, iraniano e do movimento libanês xiita Hezbollah, o regime sírio tinham recuperado em 2015 grande parte do país e em 2016 a totalidade de Alepo, parte da qual estava sob controlo rebeldes desde 2012.

Leia Também: Ucrânia rejeita acusação russa de prestar apoio aos rebeldes sírios

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